Ensino de Blockchain para Crianças

Ensino para essa e próximas gerações!

A palavra Sustentabilidade diz que que devemos cuidar dos recursos para que esta geração e posteriores possam viver em harmonia por um certo prazo de tempo, e se queremos que a criptoeconomia dê certo devemos incentivar o Ensino de Blockchain para Crianças.

Não sou o primeiro a pensar sobre o assunto e muito menos o último, afinal, as crianças se tornarão adultos algum dia e devem ter a noção de que a descentralização torna o mundo mais justo para todos.

Afinal, a internet chega para as crianças hoje de uma forma natural, elas nasceram com a mesma já existindo, e de certa forma mais madura, mas os deveres e direitos neste espaço devem sem conhecidos desde cedo, e isso fará com que a web seja mais amigável e menos perigosa. A blockchain, como uma camada web, segue na mesma linha de pensamento.

É fundamental para a sobrevivência da tecnologia, que o conceito por trás e motivo pela qual foi criada fiquem explícitos para as crianças, e quem sabe até, podemos possibilitar o acesso a criptomoedas mais cedo na vida das mesmas com o ensino da criptoeconomia.

Dito isto então, a criptomoeda Lisk criou um ambiente em sua academia de ensino que toca neste tópico de uma forma inovadora, ao abordar o assunto com a noção de “justiça e segurança”.

Além disso, já existe um livro na Amazon chamado de “A Place in the Blockchain“, que conta a história do personagem “Blocky” e sua aventura para encontrar o seu lugar na blockchain, ou seja, uma ótima leitura antes de dormir para as crianças.

Recentemente, a empresa bitfwd realizou uma gincana com algumas crianças e entre as brincadeiras reforçou o funcionamento da blockchain e de questões de segurança, como o “Man-in-the-middle” que é uma técnica de interferir em transações nas redes. Esse projeto é responsável pelo Tenzorum que já citamos no Livecoins.

Ensino de Blockchain para Crianças

Eu quero poder ensinar o meu filho algum dia sobre este tema, e pensei em um roteiro inicial de debate que compartilho com vocês para reflexão:

  • Um dos pontos, referente a descentralização, toca no fato de que entidades centralizadas favorecem pessoas mal intencionadas no roubo de informações, e que a blockchain é uma solução segura por ser descentralizada. Nela, existem nós que registram informações da rede e que estão em vários locais desconhecidos. Portanto, não é fácil alterar as informações de um nó, e mesmo que fosse, os outros nós poderiam rejeitar essas alterações se não as reconhecessem como válidas.

Exemplo 1: Pense comigo como se você tivesse uma linha pendurada com várias peças quadradas de cor Verde, mas se alguém tentar mudar a cor de alguma peça você logo vai saber que aquela peça que não possui a cor Verde e não deveria estar pendurada na sua linha, então você iria retirar a peça diferente daquele lugar, pois só são permitidas peças Verdes no local.

  • Outro termo fundamental é o consenso, que significa estar de acordo. Para isso, foram criados Protocolos de consenso do qual representam conjuntos de regras para comunicação eletrônica entre dispositivos. Com a blockchain existiria diferentes formatos de protocolos de consenso, como exemplos o DPos, Pos e Pow, que fazem com que o consenso seja honesto e mantido pelas redes através da matemática, ou melhor dizendo, criptografia.

Exemplo 2: Você está conversando com várias pessoas que deveriam falar português, mas se alguém tentar falar em inglês ela não está de acordo com os demais, está portanto fora do protocolo de consenso estabelecido naquele momento. Na blockchain, o idioma é a matemática, assim como a sua segurança.

  • A mineração das criptomoedas, que utilizam os protocolos de consenso, significa que algum computador conectado a rede está adicionando um Bloco (block) com várias informações em um registro de banco de dados blockchain. Após isso, será salvo tais informações em todos os nós (computadores com registros) que certificam a validade do novo bloco e das informações contidas no mesmo. A mineração é fundamental para a segurança das redes blockchain, junto aos nós elas garantem que esse protocolos tenham justiça e segurança. Qualquer computador consegue ser um minerador, e quando o mesmo resolve um quebra cabeças matemático muito difícil, ele ganha uma recompensa por ter realizado este trabalho.

Exemplo 3: Lembra que no Exemplo 1 tínhamos uma linha que só poderia conter peças verdes penduradas? Então, quando um minerador acha um bloco e quer adicionar ele na sua linha, ele deve ser de cor verde, com isso, o bloco é válido de acordo com o protocolo de consenso criado, que é somente ser de cor verde. Lembre também do exemplo 2, o protocolo de consenso é fundamental.

Vamos a um exemplo do Bitcoin um pouco mais geral, pois o mesmo é uma criptomoeda. Este possui um protocolo de consenso de Pow (Prova de Trabalho), do qual um minerador (que é um computador) fica tentando montar um quebra cabeça matemático, ao mesmo tempo em que vários outros também estão realizando a mesma tarefa, disputando quem consegue terminar primeiro. Se o Minerador A encontra a resposta correta para o quebra cabeça, ele ganha a chance de adicionar um bloco novo de informações na rede do Bitcoin, e recebe uma recompensa de vários Bitcoins, que são uma moeda. Os nós da rede, que são os locais que salvam a informação de todos os blocos da rede Bitcoin, validam o novo bloco encontrado e salvam o mesmo em seu banco de dados blockchain. Esse processo é repetido a cada 10 minutos, mas a dificuldade de resolver o quebra cabeça é aumentada a cada novo bloco encontrado.

Com isso, o Minerador A que recebeu a recompensa em Bitcoins pode gastar esses Bitcoins que ele ganhou com alguma coisa que ele queira, pode por exemplo comprar um chocolate e pagar 1 Bitcoin por isso. Gastar o Bitcoin significa fazer uma transação, ou seja, achar alguém com um chocolate que queira 1 Bitcoin em troca.

A blockchain é um livro (banco de dados) que registra a história de todas as transações realizadas pelas pessoas, e que estão guardadas em cada bloco que foi adicionado na rede. As transações realizadas e guardadas, são vistas através das chaves públicas, que são os endereços de Bitcoin que fizeram transações de “compra e venda”. Qualquer pessoa consegue ver a informação de um bloco validado na rede e de todas as chaves públicas, isso garante que ninguém esteja trapaceando. É de certa forma difícil de saber quem é a pessoa, pois só conhecemos o endereço da chave pública da transação, mas isso é importante pois garante segurança para as pessoas. A chave pública é uma informação que todos conhecem, ou seja, pública.

A chave pública é somente a forma utilizada para receber Bitcoins, que possui também as chaves privadas. Essas chaves privadas são muito importantes, e ninguém pode conhecer elas (privadas), ou você pode perder os seus Bitcoins que estão no seu endereço. Quem possui a chave privada do endereço é o dono dos Bitcoins, por isso, é muito importante guardar essa informação de maneira segura.

As chaves públicas e privadas de um Endereço Bitcoin, são normalmente acessadas por Carteiras (Wallets) para poder realizar transações, que podem ser um papel, podem ser um site, um aplicativo de celular ou um pen-drive. Guardar os seus Bitcoins nesses formatos de carteiras exige responsabilidade, pois você tem que garantir que o site não seja perigoso, o papel não possa estragar, o aplicativo seja verdadeiro, enfim, você é o dono dos Bitcoins do seu endereço, então mantenha-os seguro, não confie em ninguém. Existem muitas pessoas más, não conte a ninguém que possui Bitcoins, e nem fale sobre o assunto publicamente.

Quando utilizamos as criptomoedas, estamos utilizando um ambiente seguro e que o nosso dinheiro fica guardado com nós mesmos, ou seja, ninguém vai tomar o seu dinheiro e nem gastá-lo de forma indevida, somente você tem essa responsabilidade e sabe o que é melhor para sua vida. Isso é uma das maiores vantagens desse formato de transações em comparação com os Bancos.

Um outro fator de vantagem, é que você pode enviar Bitcoin para o mundo todo, em minutos, e pagar muito menos em taxas do que pagaria em bancos.

Senhores pais, avós, tios, enfim…

Para os responsáveis pela criação de alguma criança lendo minhas ideias, deixo este texto acima como um início de conversa com suas crianças sobre o tema, afinal é importante que eles conheçam o cenário e a tecnologia, e além disso, que entendam a importância para o próprio futuro deles, mas sem desconsiderar as limitações de entendimento técnico pela sua idade e compreensão de mundo.

Pensar em brincadeiras, em jogos que exemplifiquem melhor também é interessante, como vimos acima.

Este é um debate que já tive com amigos próximos e acho fundamental que seja aberto no Brasil, pois o país têm o potencial de ser uma das principais potências do novo mundo descentralizado, então plantemos a semente em quem vai caminhar pelo futuro, eu acredito nisso!

Deixe sua opinião sobre o tema nos comentários, se quiser me ajudar a completar este estudo fique a vontade para me procurar, inclusive para discordar ou concordar comigo!

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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