Swan Bitcoin processa Tether e ex-funcionários por roubo de segredos comerciais e operação de mineração

De acordo com a Swan, o plano envolvia ações coordenadas, como o roubo de informações confidenciais e a saída em massa de funcionários para formar uma nova empresa concorrente, a Proton, que usaria os recursos e conhecimentos roubados da Swan.

Com o fim de 2024 se aproximando, o que pode ser uma das maiores ‘tretas’ do ano no mundo das criptomoedas parece ter ganhado vida. Isso porque, a Swan Bitcoin está acusando seus ex-funcionários e a Tether (empresa por trás do USDT) de orquestrarem um plano de “tempestade e fogo do inferno” para sabotarem e roubarem suas operações de mineração de Bitcoin.

A ação foi registrada no Tribunal Distrital dos EUA e alega que os réus, agora parte de uma empresa concorrente, a Proton Management, ‘roubaram’ sistematicamente códigos altamente proprietários da Swan, além de usurparem fornecedores e parceiros estratégicos, como a gigante das criptomoedas Tether.

  • 📝A Proton Management Ltd. mencionada no processo da Swan Bitcoin não está relacionada à Proton VPN, operada pela Proton AG — conhecida por fornecer serviços de privacidade e segurança, como o ProtonMail e o ProtonVPN, com sede na Suíça.

Conforme o processo ao qual o Livecoins obteve acesso, além do roubo de sua tecnologia, a Swan acusa seus ex-funcionários e a Tether de continuarem a usar seus dados e recursos proprietários para operar o negócio de mineração da Proton, além de manter relações comerciais com fornecedores da empresa original.

As principais acusações da Swain contra a Tether e seus ex-funcionários:

  • Apropriação indébita de segredos comerciais 🕵️‍♂️💻: A Swan Bitcoin acusa os réus de roubar segredos comerciais, como o sistema proprietário BNOC, utilizado para monitorar e gerenciar operações de mineração de Bitcoin. Os réus teriam clonado o código e extraído milhares de arquivos confidenciais.
  • Violação de contrato 📜⚖️: Os ex-funcionários da Swan, agora trabalhando para a Proton Management Ltd., são acusados de violar acordos de confidencialidade, utilizando informações proprietárias da Swan sem autorização.
  • Conspiração para roubo de negócios 🤝🔐: A Swan Bitcoin alega que os réus planejaram a saída em massa de funcionários-chave e criaram a Proton Management Ltd., uma empresa rival, utilizando tecnologia e informações roubadas da Swan.
  • Competição desleal ⚔️🏢: Além de roubar a tecnologia e o pessoal da Swan, os réus são acusados de prejudicar a capacidade da empresa de competir no mercado, tomando controle de parceiros estratégicos, como a Tether, que migrou suas operações para a Proton.
  • Fraude e manipulação de informação 🛑🔍: A Swan Bitcoin também acusa os réus de tentar encobrir suas ações ao manipular dados, apagar evidências e planejar um golpe interno para destruir a empresa enquanto criavam a Proton para assumir seu lugar.

“Tempestade e fogo do inferno”

No processo, a Swan usa o termo “Tempestade e fogo do inferno” para descrever o suposto plano conspiratório dos réus para destruir seu negócio de mineração de Bitcoin, se apropriar de suas tecnologias e segredos comerciais, e prejudicar a empresa ao ponto de acabar com sua operação.

De acordo com a Swan, o plano envolvia ações coordenadas, como o roubo de informações confidenciais e a saída em massa de funcionários para formar uma nova empresa concorrente, a Proton, que usaria os recursos e conhecimentos roubados da Swan.

A expressão “Rain and Hellfire” é usada, portanto, para descrever a agressividade e o impacto devastador que a conspiração poderia causar à Swan, comparando as ações dos réus a uma “tempestade de destruição”.

🔍 O processo de 50 páginas apresenta capturas de telas para argumentar que os réus copiaram códigos proprietários, como o sistema de monitoramento de mineração de Bitcoin da Swan, o “Bitcoin Network Operating Center (BNOC)”, de plataformas seguras como o GitHub.

Funcionário teriam clonado códigos da Swan no github. (Reprodução)
Funcionário teriam clonado códigos da Swan no github. (Reprodução)

Um dos acusados, Monteleone, baixou e clonou esse código, retirando tal sistema da Swan​.

Indo além, o documento também afirma que os réus baixaram milhares de documentos contendo informações confidenciais, como dados de desempenho da mineração, relatórios financeiros, e contratos com parceiros comerciais.

Tais ações teriam sido registradas em logs e relatórios de atividades forenses realizadas após suas demissões​.

As provas também incluem mensagens de e-mail e registros de reuniões no Zoom que mostram que os réus coordenaram suas saídas da Swan em conjunto para formar uma nova empresa concorrente, utilizando as informações roubadas da Swan para continuar as operações de mineração de Bitcoin.

Ex funcionários planejam saída dizendo que tempestade e inferno precisa começar.
Ex funcionários planejam saída dizendo que tempestade e inferno precisa começar.

Qual o papel da Tether?

A gigante Tether, que era parceira da Swan em um acordo de financiamento para operações de mineração de Bitcoin, teria oferecido uma espécie de “cobertura legal” para facilitar a transição das operações da Swan para a Proton.

A Swan alega que a Tether se aproveitou da saída em massa dos funcionários para justificar a mudança de gestão das operações de mineração para a Proton, prejudicando assim a capacidade competitiva da Swan.

Isso teria sido possível através de um aviso de “evento de default” emitido pela Tether, alegando que, com a perda de uma parte dos funcionários responsáveis pela operação, a Swan não seria mais capaz de gerir as atividades de mineração de Bitcoin.

Com isso, a Tether teria transferido o controle da operação para a Proton, permitindo que a nova empresa usasse os recursos e segredos comerciais da Swan para continuar as operações, o que culminou no processo judicial.

Sendo assim, a Tether é acusada de ter ajudado de forma ativa e deliberada na execução do plano para tomar o controle das operações de mineração de Bitcoin da Swan.

No momento em que este artigo foi escrito, a Tether não havia comentado sobre o assunto.

Swain quer reparação bilionária

O caso agora será analisado pelo juiz distrital Wesley L. Hsu, com a Swan tentando proteger sua propriedade intelectual e assegurar que a concorrente cesse o uso indevido de suas inovações.

A Swan também está exigindo bilhões de dólares em reparação pelos danos sofridos devido ao roubo de seus segredos comerciais e a perda de negócios.

De acordo com o processo, o esquema foi cuidadosamente planejado e executado de forma coordenada. Ex-funcionários, incluindo o ex-diretor de investimentos e chefe de mineração, renunciaram em massa e, em poucos dias, diz o processo, a Proton já havia assumido a gestão das operações de mineração de Bitcoin, com o apoio da Tether.

O processo afirma também que o ex-diretor, juntamente com outros réus, baixou milhares de arquivos confidenciais da Swan, incluindo dados financeiros, contratos e informações sobre a operação de mineração.

A Swan também acusa o executivo de criar dissidência dentro da Swan, encorajando outros funcionários a deixar a empresa e se juntar à Proton. Além disso, ele teria sugerido que a Swan aceitasse um acordo desfavorável com a Tether, forçando uma reorganização que favoreceria a nova empresa.

A Swan também busca uma liminar para impedir que a Proton continue suas operações com os recursos e parceiros que alega terem sido roubados, exigindo a devolução de todos os materiais confidenciais, bem como a interrupção imediata das ações da concorrente que afetam suas operações.

O processo, por fim, pede um julgamento com júri para avaliar os danos sofridos, levantando questões importantes sobre a ética e as práticas competitivas no mercado de criptomoedas.

Com a gravidade das acusações e a participação de players de peso como a Tether, o caso pode ter desdobramentos importantes para o setor de mineração de Bitcoin, abrindo precedentes sobre a proteção de propriedade intelectual e parcerias estratégicas em um ambiente altamente competitivo.

*Matéria em desenvolvimento para incluir posicionamento dos envolvidos.

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