David Rubenstein, cofundador do The Carlyle Group. Fonte: Bloomberg/Reprodução.
David Rubenstein, fundador da The Carlyle Group, voltou a falar sobre o Bitcoin. Em conversa com a Bloomberg, o bilionário disse estar arrependido por não comprar Bitcoin quando ele estava nos US$ 100.
Dono de US$ 3,3 bilhões, caso Rubenstein tivesse investido toda essa fortuna em Bitcoin, seu portfólio estaria avaliado em US$ 978 bilhões. Ou seja, talvez fosse o primeiro trilionário do mundo.
Embora pareça improvável que alguém aporte tanto dinheiro em um único ativo, vale lembrar que a MicroStrategy investiu cerca de US$ 4,5 bilhões em Bitcoin nos últimos anos, e planeja continuar comprando.
David Rubenstein é mais um bilionário que entendeu o Bitcoin. Em 2021, enquanto a China bania as criptomoedas, Rubenstein afirmou que os “governos não vão derrubar o Bitcoin tão fácil”, revelando ser um investidor.
Já nesta quarta-feira (9), Rubenstein voltou a falar sobre o Bitcoin em conversa com a Bloomberg, mostrando-se arrependido por não ter visto essa oportunidade antes.
“Bitcoin é algo que eu gostaria de ter comprado por US$ 100, quando Mike Novogratz começou a comprar. Agora está US$ 29.000, então ele ganhou muito dinheiro, e muitas pessoas que compraram por US$ 100 ou menos estão se sentindo muito bem.”
Mesmo com o sentimento de que chegou tarde, o bilionário continua otimista com o futuro do Bitcoin. Um dos motivos é a privacidade que o Bitcoin oferece, outro é a entrada da BlackRock no mercado.
“As pessoas zombam do Bitcoin e outras criptomoedas, mas agora o estabelecimento de Larry Fink na BlackRock está dizendo que eles vão ter um ETF, caso aprovado pelo governo, de bitcoin”, disse Rubenstein. “Então você está dizendo “espere um segundo, se a poderosa BlackRock está disposto a ter um ETF em Bitcoin, talvez o Bitcoin ficará por aí por um tempo.”
Em outro trecho, o bilionário destaca que as pessoas podem não precisar de ativos sólidos como ouro e Bitcoin quando os títulos do Tesouro americano estão rendendo 5% ao ano. No entanto, notou que esses rendimentos cairão em breve, trazendo demanda ao BTC.
“Não acredito que o Bitcoin, e outras criptomoedas grandes, vão desaparecer”, comentou o bilionário sobre o futuro da indústria. “Há um grande interesse ao redor do mundo em ter algo que você possa transferir sem o governo saber disso e manter em privado.”
Finalizando, Rubenstein também falou sobre a postura dos reguladores americanos, especialmente sobre a SEC, destacando a derrota da Comissão contra a Ripple (XRP).
“Acredito que a SEC ainda não conseguiu convencer o governo, ou pelo menos o judiciário, de que as criptomoedas são perigosas.”
Por fim, vale lembrar que Rubenstein administra US$ 385 bilhões em sua empresa, a Carlyle Group. Portanto, o bilionário pode ser um dos futuros investidores do ETF de Bitcoin à vista da BlackRock.
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