Logotipo da criptomoeda Mithril (MITH).
Após a Binance anunciar a remoção de quatro criptomoedas de sua plataforma nesta quinta-feira (25), uma delas decidiu cobrar R$ 260 milhões da corretora, o que chamou a atenção de todos.
Estamos falando da criptomoeda Mithril (MITH), aquela que teve seu preço mais afetado pela remoção. Através das redes sociais, o perfil oficial da MITH alega que a decisão da Binance foi “unilateral”.
Mesmo passando por um mês turbulento, com saques em massa e ataques da mídia, Changpeng Zhao deu atenção a reclamação, respondendo pessoalmente ao pedido da equipe da MITH.
Essa não é a primeira vez que uma criptomoeda reclama da Binance após ser removida. Em outubro, um executivo da Helium (HNT) se revoltou com a decisão da corretora, alegando que não havia base para tal decisão.
Já nesta quinta-feira (15), foi a vez da criptomoeda Mithril (MITH) tomar uma posição semelhante, mas desta vez envolvendo dinheiro na discussão. Pedindo que a Binance devolvesse 200.000 BNB, equivalente a R$ 260 milhões atualmente, o projeto alega que a decisão da corretora foi unilateral.
“Hoje, a Binance anunciou que removerá o MITH. Como parte da listagem do MITH, a Binance exigiu um depósito de 200.000 BNB, que nunca foi devolvido”, escreve o perfil oficial da criptomoeda. “Em nome da comunidade Mithril, pedimos a Changpeng Zhao que devolva este depósito para que Mithril possa continuar operando.”
“Dado que a Binance decidiu unilateralmente encerrar esta parceria, pedimos respeitosamente que nosso depósito de 200.000 BNB seja devolvido.”
Hoje tal montante é equivalente a mais de 1/4 de bilhão de reais. No entanto, vale lembrar que o token BNB valorizou 4.781% desde novembro de 2018 — data da listagem da MITH — saltando de US$ 4,5 para US$ 250.
Vivendo um dos maiores testes de sua carreira, Changpeng Zhao teve que lidar com mais este problema. Em resposta a equipe da Mithril, o CEO da Binance expôs os motivos da remoção de tal criptomoeda.
“Revisei isso após ver sua postagem. Aqui está a cláusula do contrato para sua referência (e da comunidade). Costumamos observar a confidencialidade, até que você a quebre”, aponta o CEO da Binance. “O Depósito de Seguro existe para encorajar os construtores a continuar construindo.”
Na imagem, o contrato aponta que o montante depositado pela equipe fica indisponível caso tenha grande quedas em seu preço por 15 dias consecutivos, entre outros termos que, aparentemente, foram quebrados pela MITH.
Seguindo, Zhao aponta que o projeto parece morto. Além da questão do preço, suas redes sociais não são usadas e até mesmo seu site não funciona mais.
“O preço do seu token está muito abaixo dos níveis de gatilho. Lendo os comentários. Seu site está off-line. Você não tuitou ou atualizou sua comunidade por quase 2 anos. Acredito que nossa equipe tomou a decisão certa e agiu totalmente dentro do nosso direito de fazê-lo. Cumprimentos.”
Por fim, chama atenção que a Binance estava recebendo dinheiro para listar projetos. De qualquer forma, Zhao parece ter lidado bem com a situação, expondo os motivos pelos quais não devolverá os R$ 260 milhões em BNB pedidos pela MITH.
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