Erro de digitação faz investidor perder R$ 3.4 milhões em criptomoedas

Uniswap

Um investidor de criptomoedas provavelmente apressado enfrentou um prejuízo milionário após cometer um erro de transação na popular plataforma de finanças descentralizadas Uniswap. O episódio ocorreu na manhã deste sábado (4), resultando na perda de mais de US$ 700.000 (R$ 3.4 milhões) em meros 12 segundos devido a uma confusão de tokens.

De acordo com informações da Etherscan, o investidor adicionou US$ 1,56 milhão em Bitcoin a um pool de liquidez da Uniswap V3, supostamente esperando receber um valor equivalente em dólares americanos.

No entanto, o usuário acabou recebendo 1,56 milhão de tokens Curve DAO (CRV), cujo valor de mercado naquele momento era de apenas cerca de US$ 850 mil.

Analistas da empresa especializada em blockchain Arkham identificaram que bots de Maximal Extractable Value (MEV) capitalizaram rapidamente a situação, engajando-se numa corrida para tirar vantagem da oportunidade de arbitragem criada pelo erro.

Embora os bots tenham atuado rapidamente, o lucro líquido foi modesto, com o bot mais bem-sucedido conseguindo extrair aproximadamente US$ 260 de lucro real, após desembolsar um empréstimo de US$ 527.000 para os validadores da rede com o objetivo de priorizar sua transação na frente de outros bots.

“É um caso de azar”, comentou a Arkham em um post no X (Twitter), comentando sobre o investidor desastrado.

Dedo gordo

Tais erros de transação, normalmente chamados de “dedo gordo” — um termo emprestado do jargão do mercado financeiro que descreve uma entrada equivocada devido a um clique errado — têm se tornado mais comuns no ecossistema das criptomoedas.

O incidente acontece poucos dias após outro usuário trocar mais de US$ 130.000 em uma stablecoin chamada USDR por literalmente nada, recebendo em troca uma quantia nula de USDC.

Os eventos levantam alertas sobre a necessidade de medidas de segurança mais rigorosas e uma verificação mais aprofundada por parte dos usuários ao realizar transações nas plataformas de finanças descentralizadas (DeFi), que ainda são relativamente novas e estão em constante evolução.