Picareta de mineração enferrujada e moeda de Bitcoin.
Conforme a energia elétrica é o principal custo da mineração de criptomoedas, empreendedores do setor buscam soluções para manter suas operações lucrativas. Nos casos mais sérios, alguns abraçam a energia nuclear e outros aproveitam excessos de gás natural para alimentar suas fazendas.
No entanto, um pequeno minerador na Rússia teve a ideia de simplesmente fazer um ‘gato’ e roubar a energia de seus vizinhos. O crime foi descoberto nesta semana e, segundo informações das autoridades, o esquema estava funcionando há três anos e meio.
Casos assim não são incomuns e acontecem em todo o mundo. Na Inglaterra, um homem de 40 anos foi preso em 2020 pelo mesmo crime, o mesmo aconteceu em São Paulo no início deste ano. Já na China, recentemente um homem foi condenado a prisão perpétua por crimes ligados a mineração de criptomoedas.
Em fotos e vídeo divulgados pelas autoridades russas é possível ver a precariedade da fazenda de mineração. Além da fiação exposta, passando pela parede até outro cômodo, o local também está completamente tomado pela poeira.
No entanto, enquanto a porta é protegida com plástico bolha, possivelmente para ocultar o barulho as máquinas, no fundo é possível diversos tubos para a refrigeração do equipamento.
“O homem tentou se justificar e disse que não se tratava de uma fazenda de mineração, mas apenas de um lixão”, destacou um site russo.
Segundo a nota oficial, o minerador teria instalado os equipamentos em janeiro de 2020. Ou seja, passou cerca de 3 anos e meio usando a eletricidade de seu vizinho para alimentar sua fazenda de mineração de criptomoedas.
O caso aconteceu na cidade de Krasnoiarsk, na Rússia, e os prejuízos estimados pela mídia local estão na casa dos 874.000 rublos (R$ 44.500). Como consequência, o minerador poderá pegar até 2 anos de prisão, bem como reembolsar os gastos das partes lesadas.
Enquanto isso, a Stronghold Digital Mining, mineradora listada na Nasdaq, está procurando uma solução mais elegante para seu problema com os custos de energia. Segundo anúncio da semana passada, a gigante está querendo queimar pneus para alimentar suas ASICs e GPUs.
A solução obviamente está chamando atenção de ambientalistas. Afinal, embora a queima de pneus seja uma alternativa melhor do que jogá-los em aterros, ainda não é a melhor opção, gerando revolta no grupo.
Por fim, antes disso o setor também chamou atenção do Greenpeace, que liderou a campanha “Mude o Código, Não o Clima”. Um setor empolgante, mas igualmente complexo.
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