Monte de Bolívar venezuelano próximo de nota de 1 dólar norte-americano
A moeda da Venezuela, o Bolívar venezuelano, despencou 35% em relação ao Dólar neste mês de agosto, após o banco central local indicar que não deve continuar intervindo na economia local.
Em um cenário assim, as criptomoedas voltaram a se destacar como reserva de valor para a população local, que viu em menos de um mês seu poder de compra reduzir drasticamente.
De acordo com o presidente do país, Nicolas Maduro, a nova queda da moeda venezuelana em relação ao Dólar é uma estratégia de especuladores do mercado, não refletindo a realidade da economia.
Nos últimos anos, a crise da Venezuela foi um dos maiores destaques do mundo na economia, visto que a população local sofre com as incertezas.
Após alguns meses de trégua, a Venezuela voltou a ser alvo do noticiário econômico, visto que não é comum que uma moeda nacional caia 35% em relação ao Dólar em um período curto de tempo.
De acordo com uma página que acompanha a cotação diariamente do Dólar no país, o Bolívar alcançou a cotação de 9,33 por USD na última quinta-feira (26). Para quem mora na Venezuela, ver essa depreciação da moeda local certamente causou preocupações.
De acordo com informações da Bloomberg, essa nova queda do Bolívar frente ao Dólar quebra a estabilidade local, que passou alguns meses em calmaria. Desde janeiro de 2021, essa é a pior queda da moeda nacional venezuelana, que perde um terço de seu valor no mês de agosto de 2022.
Ao ver o problema, o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, pediu que a população não especule com a economia e utilize apenas o Dólar oficial, regulado pelo Banco Central Venezuelano.
“Apelo à população e aos comerciantes para que tenham a máxima consciência e espírito de luta, o dólar que se rege pelas regras do mercado legal é o do BCV. Povo da Venezuela: não se deixem roubar! Chega de especulação! Vamos lutar pela estabilidade econômica.”
A situação de indecisões na Venezuela mostra que a moeda local, o Bolívar, deve enfrentar novamente problemas e pode voltar a depreciar após o BCV deixar de intervir na divisa.
De fato, esse é um dos fatores que leva a população latina a procurar as criptomoedas como reserva de valor, visto que moedas nacionais não mostram resiliência e proteção de longo prazo para as famílias.
Além da Venezuela, a situação da Argentina também leva muitos ao Bitcoin e demais criptomoedas, todos em busca de um porto seguro ao fugir de moedas fiduciárias.
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