A Netflix registrou lucro líquido de US $ 1,7 bilhão no primeiro trimestre de 2021, um aumento de 140% em relação ao ano anterior. Já a receita da empresa cresceu 24%, atingindo US $ 7,2 bilhões.
Apesar do resultado positivo, as ações chegaram a cair até 13% nesta semana, devido ao baixo crescimento do número de assinantes.
A Netflix começou como uma locadora de filmes, fundada em 1997 por Reed Hastings e Marc Randolph. Um ano mais tarde passou a oferecer entrega de DVDs pelos correios. Em 2007 migrou para o serviço de streaming por assinatura, e foi somente em 2011 que iniciou o serviço no Brasil.
Atualmente, a Netflix oferece filmes e séries, e conta com cerca de 117 milhões de assinantes pelo mundo. Além de streaming, a Netflix vem produzindo conteúdos originais, como House of Cards, Orange is the New Black, Stranger Things, Narcos e 13 Reasons Why.
Nos últimos 5 anos começou a ter um impulso maior, passando de US $ 92 no início de 2016 para US $ 523 no início de 2021, alta de 470%. A Netflix perdeu US $ 20 bilhões em valor de mercado, devido à queda de quase 8,5% de suas ações nesta quarta-feira, dia 21.
O tombo ocorreu depois que o número de novos assinantes da plataforma de streaming cresceu abaixo do esperado. Isso acendeu um alerta para os próximos trimestres.
A empresa já havia alertado que o crescimento iria desacelerar depois que os clientes saíssem da situação mais restritiva por conta do Covid-19, mas poucos esperavam que o efeito fosse tão drástico.
Os executivos da Netflix afirmam que 2020 teve uma demanda inflada pela pandemia, e, além disso acabou atrasando o lançamento de novas séries e filmes. No mais, eles afastaram a ideia de que o Disney Plus foi a responsável pelos resultados aquém do esperado. Cabe ressaltar que o concorrente acumulou mais de 100 milhões de assinantes.
O serviço de streaming cresceu muito abaixo do projetado por analistas. A previsão era de crescer 4,44 milhões, porém o trimestre fechou com apenas 1 milhão de novos clientes.
Reed Hastings afirma que “A Netflix é uma empresa de entretenimento, não de tecnologia”. No entanto, inúmeras empresas de tecnologia e vendas online tiveram forte alta de receita por conta da pandemia.
Embora esta situação de restrições impostas pelos governos tenha um prazo para acabar, é difícil acreditar que gigantes como Google, Amazon e Facebook passem a desapontar nos próximos trimestres.
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