Se havia um cenário perfeito para um rally de Binance Coin (BNB), foi este de 2021. O crescimento das finanças descentralizadas (DeFi), além da mania de tokens não-fungíveis (NFT), levaram as taxas de transação do Ethereum para cima de 20 dólares.
Obviamente o ETH 2.0 atrasou, e com isso a rede BSC conseguiu emplacar a exchange descentralizada (DEX) PancakeSwap, além dos aplicativos de empréstimo e depósitos remunerados (yield) Venus e Alpaca Finance.
Não, pelo contrário. O valor ajustado depositado nos smart contracts da rede está em U$13,6 bilhões, alta de 39% nos últimos 3 meses. Além disso, suas DEX estão movimentando cerca de US$6 bilhões por semana.
Por ter clonado o Ethereum, e inclusive mantido a compatibilidade dos tokens e smart contracts, a Binance Smart Chain (rede BSC) largou na frente para roubar mercado enquanto a líder tropeçava.
A competição começou a bater na porta, oferecendo outras facilidades, como linguagem de programação mais simples ou maior capacidade operacional. Solana (SOL) atingiu uma capitalização de mercado 30% menor que a Binance Coin (BNB), por exemplo.
Pode parecer pouco, porém boa parte do valor da BNB vêm da exchange Binance, seja por descontos de corretagem, ou preferência no lançamento de projetos, algo que a Solana não tem por trás. Ou seja, na prática, Solana já ultrapassou a BNB.
Cardano (ADA) pode ser considerado uma piada, já que após 5 anos, não possui nenhuma aplicação de finanças descentralizadas rodando. Ainda assim, sua capitalização de mercado é superior à da Binance Coin.
Quando falamos de token de exchange, realmente é covardia. A dominância criada por CZ, a Binance e seus market makers inflando o volume de 400 moedas é imbatível. No entanto, boa parte do valor da BNB vêm desse ecossistema criado em torno da Binance Smart Chain.
Por esse motivo, se a Binance não tirar algum coelho da cartola, a interoperabilidade vai tornar a rede BSC obsoleta. Apesar do teatro, todos sabem que os 21 validadores são partes relacionadas da Binance. Isso não é opinião minha, e sim dos analistas da Messari.
Mesmo que o ETH 2.0 demore para ser implementado, o cenário mais provável, as aplicações descentralizadas estão criando versões que trabalham com múltiplas blockchains. Nesse cenário, utilizar um clone centralizado do Ethereum não faz sentido.
Não tenho essa resposta. No entanto, algo que não pode ser descartado é a compra (ou parceria) de outra rede pela Binance, substituindo a atual BSC. Em suma, o desfecho dessa história está longe de estar definido.
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