Urso, animal que representa sentimento pessimista no mercado.
Mike McGlone, analista da Bloomberg Intelligence, voltou a apresentar preocupações sobre o Bitcoin em análise publicada nesta quinta-feira (20).
Em suma, McGlone apontou dois cenários extremos para 2023. O primeiro seria otimista, “o pior já passou”. Já o segundo bem menos encorajador, “uma recessão severa está chegando”.
“O risco de posicionamento em relação à recompensa pode estar inclinado para o segundo”, continuou o analista, citando as altas do Bitcoin e de grandes índices de ações como S&P500 e Nasdaq.
Em uma captura de tela, mostrando parte de seu relatório, Mike McGlone afirma que importantes resistências foram quebradas, mas o contínuo aperto monetário pelo Fed faz com que isso seja traduzido para “falso conforto”.
“É um tema comum dos analistas técnicos que, se um mercado romper uma resistência específica, ele subirá, mas essas nuances podem ser armadilhas.”
“O Bitcoin e a maioria dos índices de ações subiram bem acima de suas médias móveis de 200 dias, potencialmente atraindo a tendência humana de otimismo”, adicionou McGlone em seu LinkedIn, citando os riscos de “deflação das commodities e do aperto do Federal Reserve.”
Essa não é a primeira vez que o analista se mostra preocupado com o mercado. Na semana passada, McGlone afirmou que criptomoedas como Shiba Inu (SHIB) e Dogecoin (DOGE) eram um péssimo sinal sobre a economia geral, citando-as como exemplos de excessos de liquidez.
Cotado a US$ 28.800, o Bitcoin continua caindo nesta quinta-feira (20). Ainda ontem, a maior criptomoeda do mundo perdeu o suporte dos US$ 30.000 após a divulgação de dados de inflação do Reino Unido, seguido pela queda do ouro e uma venda de 16.000 BTC (R$ 2,37 bilhões) na Binance.
Agora, analistas estão atrelando a queda do Bitcoin à baixa das ações de empresas americanas. Como exemplo, o índice S&P 500 abriu o dia com um gap de -0,74% e Nasdaq 100 com -0,98%. Já o Bitcoin opera em queda de 2,26%.
O ouro, tido como um ímã para a queda do Bitcoin na quarta-feira (19), recuperou suas perdas, mas desta vez não trouxe o BTC consigo.
Por fim, vale notar que parte dos investidores também pode estar realizando lucros. Afinal, o Bitcoin valorizou 100% em menos de cinco meses, sobressaindo-se a outros investimentos.
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