Nassim Taleb, autor dos livros A Lógica do Cisne Negro e Antifrágil. Fonte: CNBC/Reprodução.
Em conversa com a CNBC nesta quinta-feira (22), Nassim Taleb, autor do best-seller A Lógica do Cisne Negro, comparou a maior criptomoeda do mercado com o Banco Central dos EUA, revelando o motivo pelo qual mudou de opinião sobre o Bitcoin.
Taleb já havia sido alvo de críticas por defensores do Bitcoin nesta semana. Segundo Saifedean Ammous, também escritor, Taleb é um péssimo trader e só está ganhando dinheiro com a venda de livros após ter tido sorte em 1987.
Após suas recentes falas, Taleb foi novamente criticado pela comunidade do Bitcoin e a discussão continuou no Twitter.
“Todo o argumento de que “o Fed Reserve é ruim, consequentemente o Bitcoin” é falho”, comentou Taleb nesta sexta-feira (23). “O Federal Reserve é ruim; o Bitcoin é pior.”
Um dos mais famosos escritores do mercado financeiro, Nassim Taleb já comprou briga com diversos famosos das criptomoedas.
Além de Saifedean Ammous, que rebateu Taleb nesta semana, o autor dos livros Antifrágil e A Lógica do Cisne negro já discutiu com Fernando Ulrich, economista brasileiro, e com Vitalik Buterin. Nesta última, Taleb mandou o criador do Ethereum calar a boca quando os assuntos são finanças.
Em conversa com a CNBC nesta quinta-feira (22), Taleb voltou a falar mal do Bitcoin, um ativo que já foi defendido por ele no passado.
“Comecei [com um pensamento] positivo sobre o Bitcoin porque eu estava desapontado com a política monetária Federal Reserve”, revelou Taleb. “Então eu percebi que estava indo de Charybdis para Scylla, em outras palavras, de algo ruim para algo muito pior.”
Explicando seu pensamento, o escritor afirmou que “ao menos, com o Fed, você tem transparência, sabe o que está acontecendo e pode influenciá-lo”. Já o Bitcoin “tende a se encontrar entre os grandes players”.
Taleb também aproveitou a oportunidade para afirmar que o Bitcoin não é usado para transações reais, não é uma proteção contra a inflação e que é apenas um culto. “É a primeira vez na história do mundo que temos um culto acoplado com um investimento financeiro”, concluiu.
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