O Bitcoin, maior criptomoeda do mercado, continua sua forte valorização semanal. Nesta sexta-feira (23), o ativo atingiu seu maior preço desde junho de 2022 e está sendo negociado acima US$ 31.000 no momento desta redação. Desde 1º de janeiro, a alta é de 90% contra o dólar americano.
Sem nenhuma grande resistência pela frente, agora analistas esperam que o Bitcoin consiga se manter acima da região dos US$ 31.000 para pensar em novos alvos.
Acompanhando a alta enquanto fazia uma live nesta sexta-feira, o trader Tone Vays revelou que o Bitcoin pode chegar em US$ 34.000 em duas semanas. “Não imagino que chegaremos nos US$ 34.000 neste final de semana”, comentou, esperando um pull back antes da continuação do movimento.
Enquanto isso, Mike McGlone, analista sênior da Bloomberg Intelligence, apontou que o Bitcoin está no meio de uma jornada que pode ter dois destinos: uma queda de 50% ou uma alta de porcentagem semelhante.
“Bitcoin, US$ 20.000 ou US$ 40.000?”
“O potencial lançamento de ETFs dos EUA não protegerá o Bitcoin de enfrentar sua primeira recessão nos EUA, um potencial mercado de ações em baixa e bancos centrais vigilantes”, apontou McGlone. “Lições de ativos de risco versus liquidez negativa e contração econômica.”
Segundo o analista da Bloomberg, a aprovação de um ETF é “apenas questão de tempo”. No momento, BlackRock, Fidelity, Invesco, Wisdom Tree e Valkyrie Investments são cinco gigantes tentando a aprovação de um ETF.
De qualquer forma, McGlone também notou que um ETF de Bitcoin à vista pode ficar apenas para o próximo ano. Isso continuaria sendo ótimo para investidores de longo prazo, mas colocaria pressão nos menos pacientes.
Já em relatório intitulado “quem acordou as criptomoedas?”, publicado nesta quinta-feira (22), a empresa de análise Santiment apontou para as grandes mudanças na visão de Wall Street sobre o Bitcoin nos últimos anos.
“Larry Flink, CEO da BlackRock, chama o Bitcoin de ‘índice da lavagem de dinheiro’”, 2017.
“BlackRock entra com pedido para ETF de Bitcoin, com Coinbase como custodiante”, 2023.
Seguindo, a Santiment revelou que o motivo por trás da alta semanal de 25% do Bitcoin tem duas palavras: investidores institucionais.
“Com o surgimento de maneiras (teoricamente) mais seguras e simples para grandes investidores de capital terem exposição às criptomoedas, sem realmente ter que possuir nenhuma, isso permitiu que mais capital entrasse nos mercados que estavam famintos por mais participantes.”
Por fim, a empresa lembrou que não devemos esquecer dos processos da SEC contra a Binance e a Coinbase, as duas maiores corretoras do mundo. Ou seja, o frenesi sobre os ETFs, a ponto de esquecermos os recentes problemas na indústria, também pode ser um grande sinal de perigo.
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