Investidor processa Urpay e Unick em R$ 103 mil

Cliente da Unick teria feito sete aplicações na plataforma

Um investidor de São Paulo entrou na Justiça contra a Unick Forex, pirâmide financeira desmantelada pela Polícia Federal em outubro, e a Urpay, solução de pagamento até então utilizada pela organização criminosa.

Ele pede cerca de R$ 103,9 mil, sendo R$ 93,9 mil referentes ao valor investido mais o suposto lucro gerado pela aplicação, além de R$ 10 mil pelos danos morais sofridos por não ter conseguido reaver o dinheiro.

Segundo o processo, disponibilizado no Tribunal de Justiça de São Paulo, o investidor começou a aplicar na Unick Forex, que atuava no mercado Forex (Foreign Exchange) sem autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), em maio deste ano.

A partir daquele mês, ele teria feito sete aplicações, que somaram R$ 64,9 mil. A promessa feita pela empresa, segundo o processo, seria o pagamento do dobro do montante aplicado – ou seja, R$ 129,8 mil – em até seis meses.

O investidor, no entanto, teria conseguido sacar apenas R$ 35,9 mil, faltando os R$ 93,9 mil solicitados no processo, porque a Unick parou de efetuar os pagamentos.

“A partir de julho de 2019, a empresa Unick parou de efetuar os pagamentos sem motivo justificado, ocasião em que (o investidor) tomou conhecimento da existência de golpe da pirâmide financeira envolvendo as requeridas”, diz trecho do processo.

A ação está na 4ª Vara Cível do Foro de Bragança Paulista, em São Paulo, e será analisada pelo juiz Rodrigo Sette Carvalho. Só na Justiça paulista a Unick Forex responde a cerca de 130 processos.