Bitcoin alta. Imagem: ShutterStock
Abalado pela falência de uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, o Bitcoin iniciou o ano negociado a US$ 16.500, mas surpreendeu novamente a todos. Ainda no primeiro trimestre, teve um grande salto devido à crise bancária americana, se aproximando dos 30 mil dólares.
Após passar meses entre os 25 e 30 mil dólares, o Bitcoin finalmente saiu desta faixa graças ao frenesi sobre os ETFs nos EUA. Ao ultrapassar os US$ 33.000 nesta terça-feira (23), o Bitcoin fez o que poucos investimentos fizeram em 2023: dobrou de preço.
Alguns investidores, no entanto, acreditam que essa alta de mais de 100% seja apenas o início de uma grande corrida de touros. As previsões são as mais variáveis, mas muitos acreditam em um novo topo histórico em breve.
Para Anthony Scaramucci, fundador da SkyBridge Capital e ex-diretor de comunicação da Casa Branca, a chegada dos ETFs pode fazer o Bitcoin chegar a 330 mil dólares (R$ 1,6 milhão). Mesmo sem ETFs, ele destaca que o halving tem potencial para o BTC triplicar seu valor no próximo ano.
“Acredito que entre 6 a 12 meses após o ciclo do halving, não há razão para o Bitcoin não estar nos US$ 100.000 (R$ 500.000)”, comentou Scaramucci. “E novamente, isso é uma alta de 3 vezes, isso acontece no setor de tecnologia em todo lugar, então pode acontecer com o Bitcoin.”
Em relação aos ETFs, Scaramucci revela confiança sobre as aprovações. Como destaque, revela que a vitória da Grayscale contra a SEC deixou a Comissão sem muitas escolhas.
“Acredito que [os ETFs de Bitcoin] são um grande negócio e não estou dizendo isso porque sou um touro de Bitcoin”, explica Scaramucci. “Trinta e cinco anos de Wall Street, e o que sabemos sobre Wall Streeters? Produtos são vendidos, não são comprados. Haverá um exército de pessoas — do setor de vendas, consultores, conselheiros financeiros e banqueiros privados — que terão ativos digitais como parte de seus portfólios em uma tática de alocação de capital de longo prazo.”
Dado isso, Scaramucci comenta que a BlackRock poderá alocar uma quantia de 2% no Bitcoin, e isso será suficiente para a criptomoeda chegar aos US$ 330.000.
“A BlackRock não terá 13 trilhões de dólares em ativos sob gestão e zero dólar em Bitcoin […] Isso poderia fazer [o Bitcoin] crescer 11 vezes em termos de valuation. Você poderá ver o Bitcoin saindo de um ativo de US$ 600 bilhões para US$ 6 trilhões e, se isso acontecer, ainda seria metade do valor do ouro.”
Já Lark Davis, seguido por 1,1 milhão de pessoas no Twitter, fez uma análise mais simples em suas redes sociais. Ao publicar o gráfico do ouro, o investidor nota que o ouro valorizou 363% após a aprovação de seu primeiro ETF à vista nos EUA, e que o mesmo poderá acontecer com o Bitcoin.
“As estimativas são de que um ETF Bitcoin à vista traria de 20 a 30 bilhões de dinheiro novo para o Bitcoin. Isso compraria cerca de metade de todas as moedas nas exchanges no preço atual”, escreve Davis. “Para referência aqui está o que aconteceu com o ouro quando seu primeiro ETF foi aprovado nos mercados dos EUA.”
Caso a história se repita, o Bitcoin chegaria aos 160 mil dólares (R$ 800.000) por unidade.
Por fim, outras análises apontam que todo setor de criptomoedas será abençoado caso a SEC aprove o primeiro ETF à vista de Bitcoin nos EUA. Segundo a CryptoQuant, o mercado poderá ganhar US$ 1 trilhão, metade deste valor indo para o Bitcoin.
Independente dos alvos, a corrida dos ETFs despertou a ganância dos investidores. Dados da métrica de “medo e ganância” do CoinMarketCap chegaram ao seu maior nível desde sua criação, o que também pode ser interpretado como um sinal de alerta aos mais conservadores.
Comentários