A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, parece estar se preparando para lançar seu tão aguardado ETF de Bitcoin ainda em outubro, com documentos mostrando que a empresa definiu o mês atual como o início da propagação de seu fundo negociado em bolsa de Bitcoin, o iShares Bitcoin.
A informação foi revelada na tarde desta segunda-feira (23) por Scott Johnson, advogado investigativo americano, e comentada por Eric Balchunas, analista da Bloomberg, que compartilhou insights sobre o conceito de propagação de ETF e como ele geralmente indica o lançamento de um ETF.
O analista revelou um documento da BlackRock contendo a intenção da gigante financeira de começar a “semear” o ETF de Bitcoin ainda este mês. A declaração da empresa mostra um movimento proativo e possivelmente sugere otimismo em relação ao futuro do produto financeiro.
“BlackRock declarando em sua recente alteração do ETF Bitcoin que eles vão semear o ETF em outubro. Não quero ler muito sobre isso, mas são informações novas que não estão no pedido original, tão dignas de nota (especialmente porque eles são a BlackRock).” — Disse Eric Balchunas.
Balchunas explica que a propagação de um ETF é uma etapa preliminar no lançamento de qualquer fundo negociado em bolsa. Ela envolve um banco ou corretora fornecendo o capital inicial, que é usado para comprar as unidades de criação — neste caso, bitcoins.
Em troca desse financiamento, o banco ou corretora recebe ações do ETF, que estão prontas para serem negociadas publicamente no primeiro dia de lançamento do fundo.
Contudo, diz o analista, é importante destacar que a semeadura, que é uma parte da propagação, não representa necessariamente uma aquisição massiva do ativo subjacente.
Em outras palavras, o movimento da BlackRock de semear o ETF não deve ser interpretado como a empresa comprando grandes quantidades de Bitcoin. Em vez disso, a semeadura é realizada com capital suficiente apenas para iniciar as operações do ETF.
Ao ser questionado se não é normal que qualquer ETF seja semeado, Eric respondeu que sim, mas que tal movimento só ocorre quando o fundo negociado em bolsa está prestes a ser lançado.
— Todos ETFs não precisam ser semeados? — Perguntou um usuário.
— Sim, totalmente normal, mas esse é o ponto, acontece quando os ETFs estão se preparando para o lançamento 🙂 — Respondeu o analista da Bloomberg.
Outro fato que chamou atenção é que o ETF iShares Bitcoin Trust da BlackRock agora está listado na Depository Trust & Clearing Corporation (DTCC) com o ticker $IBTC.
A listagem, dizem os analistas, é um marco significativo, já que significa que o ETF alcançou o reconhecimento como um instrumento financeiro legítimo, tendo passado pelos rigorosos processos e verificações necessários para o lançamento.
Ao entrar na lista da DTCC, a principal infraestrutura de compensação e liquidação nos EUA, o fundo pode ser negociado mais facilmente entre corretoras e outras instituições financeiras, elevando sua liquidez e acessibilidade no mercado.
Além disso, indica que o ETF possui os padrões de segurança e custódia, garantindo aos investidores um nível adicional de confiança.
Com a crescente especulação em torno da aprovação do ETF, investidores estão expressando confiança de que a decisão da SEC é iminente, possivelmente ocorrendo até o final de 2023.
Enquanto isso, o Bitcoin opera em forte alta nesta segunda, chegando a superar a marca de US$ 31.000.
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