Em anúncio publicado na manhã desta sexta-feira (14), a corretora de criptomoedas Bitrue informou seus clientes que sofreu um hack durante a madrugada.
Sendo mais preciso, a corretora informou que suas carteiras foram invadidas às 4:18h. O anúncio foi publicado às 6:42h, mostrando a seriedade da equipe que também conseguiu conter o ataque.
“Conseguimos resolver este assunto rapidamente e impedimos a exploração adicional de fundos”, tuitou a corretora. “Levamos esse assunto a sério e estamos investigando a situação.”
Apesar da agilidade de sua equipe, a corretora Bitrue informou uma perda total de US$ 23 milhões (R$ 113 milhões) em seis criptomoedas: Ethereum (ETH), Shiba Inu (SHIB), Polygon (MATIC), Gala (GALA), Quant (QNT) e Holo (HOT).
“Os invasores conseguiram sacar ativos no valor de aproximadamente 23 milhões de dólares em ETH, QNT, GALA, SHIB, HOT e MATIC”, informou a Bitrue. “A carteira ativa afetada detém apenas menos de 5% de nossos fundos totais. O restante de nossas carteiras permanece seguro e não foi comprometido.”
Ou seja, além do ataque ter sido notado de imediato, interrompendo o roubo, a separação dos fundos em dois tipos de carteiras (quente e fria) também foi essencial para conter os danos.
Finalizando, a Bitrue informou que os saques foram pausados para todos os seus clientes. As retiradas devem ser reabertas na próxima terça-feira (18).
Conforme menos de 5% dos fundos da corretora foram roubados pelos hackers, tudo indica que a Bitrue não está insolvente. Ou seja, continuará normalmente com suas operações.
“Para realizar verificações de segurança adicionais, a Bitrue suspenderá temporariamente todos os saques e os reabrirá em 18 de abril de 2023”, finalizou. “Pedimos sua compreensão e paciência neste momento. Todos os usuários afetados por este incidente serão totalmente compensados.”
Ainda nesta semana, uma corretora de criptomoedas sul-coreana sofreu um hack de R$ 69 milhões enquanto hackers levavam criptomoedas como Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Tether (USDT) e Wemix (WEMIX).
Apesar da quantia roubada ser menor do que o caso da Bitrue, tal montante envolveu 23% de todos os ativos sob custódia da GDAC. Ou seja, terão mais dificuldade em cobrir as perdas.
Por fim, o motivo de corretoras serem alvos constantes é exatamente a grande quantia de criptomoedas em suas carteiras. Por conta disso, não é recomendado usar corretoras como custodiantes e sim soluções de autocustódia.
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