Mineração

Mineradora de bitcoin pode sofrer processos após inconsistência contábil

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Um escritório de advocacia pretende abrir uma ação coletiva de acionistas contra uma mineradora de bitcoin com ações listadas na Nasdaq. A ação busca reconhecer que a empresa fraudou os investidores, ao não divulgar inconsistências contábeis.

Com o caso, os acionistas tiveram grandes perdas com a Marathon Digital (NASDAQ: MARA), cujas ações desvalorizam 48% nos últimos doze meses.

Em 2023, os papéis da empresa chegaram a valorizar 222%, e cada ação hoje custa US$ 10,98. Contudo, a alta das ações acompanha o movimento do bitcoin, embora alguns investidores ainda mantenham o receio com o papel.

Escritório busca clientes para processar mineradora de bitcoin institucional

Com a ação coletiva liderada pelo escritório Bernstein Liebhard, os advogados querem reunir clientes contra a Marathon. Para isso, todos que compraram ações da empresa entre 10 de maio de 2021 e 28 de fevereiro 2023, podem protocolar o processo.

A justificativa para a ação coletiva envolve pelo menos três declarações falsas possivelmente realizadas pela empresa, que colocaram os investidores em risco.

Vale lembrar que no dia 28 de fevereiro de 2023, a Marathon deveria divulgar seus resultados do último trimestre de 2022. Como é uma empresa de capital aberto, deve manter seus investidores comunicados sobre os resultados financeiros, mas adiou a entrega dos relatórios.

Como justificativa, a empresa teria recebido uma carta da SEC, que apresentava inconsistências no balanço da empresa, no fechamento de 2021 e 2022. Tais problemas envolviam a metodologia da empresa para calcular seus custos operacionais e, inclusive, prejuízos com seus bitcoins armazenados na data.

No dia 1 de março de 2023, um dia depois do adiamento da declaração financeira da empresa, as ações da MARA caíram 8% na Nasdaq, levando investidores a registrar prejuízos. E esses clientes são candidatos a buscar reparação da empresa com ações na bolsa, segundo o escritório de advogados.

Escritório já processou Coinbase e outras empresas do mercado de criptomoedas

Desde 1993, vários clientes já recuperaram valores perdidos junto a empresas de capital aberto com ajuda do escritório que quer processar a Marathon. Entre elas, o Google (Alphabet) e a Tupperware já foram acionadas judicialmente pela empresa.

Já no mercado de criptomoedas, a Coinbase, a Block (dona do Cash App), além da Fidelity, despertaram a atenção do escritório, que aguarda clientes que se sentem lesados procurarem para ações coletivas.

Chama atenção que, apesar da queda das ações da Marathon após o adiamento das informações financeiras, especialistas do Seeking Alpha, por exemplo, não perceberam riscos no negócio, visto que são alterações pontuais. A própria valorização das ações, mesmo após a confusão, deixou alguns investidores aliviados.

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Autor:
Gustavo Bertolucci
Tags: Marathon