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Bitcoin registra recorde de preço na Argentina em meio à hiperinflação e incerteza política

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Após Javier Milei vencer às eleições primárias na Argentina, o Bitcoin era negociado por 20 mil dólares em nosso país vizinho, registrando uma alta de 300% em relação ao início do ano. Hoje, dois meses depois, a criptomoeda está sendo negociada por 37 mil dólares.

Além da hiperinflação, uma velha conhecida dos argentinos, as eleições também estão afetando a economia local. Os dois candidatos mais votados no primeiro turno foram Sergio Massa e Javier Milei.

Conforme Massa é o atual Ministro da Economia da Argentina, acredita-se que o peso argentino deve continuar afundando caso ele seja eleito. Já Milei prometeu até mesmo erradicar o Banco Central local, ou seja, matar a moeda argentina de uma vez por todas.

Marcado para o dia 19 de novembro, o segundo turno promete agitar ainda mais o preço do Bitcoin na Argentina.

Bitcoin negociado por 37 milhões de dólares. Fonte: Ripio/Reprodução.

As pessoas estão migrando para o Bitcoin, diz George Ball

Em conversa com a Reuters, George Ball afirma que o Bitcoin tem decepcionado seus críticos que não enxergam valor nele. Para o ex-presidente da Prudential Securities, as pessoas estão migrando para o bitcoin porque ele é mais confiável que suas moedas locais.

“A força do Bitcoin ao longo das últimas semanas e meses surpreendeu e desapontou muitos que o enxergam como um símbolo artificial sem valor”, comentou Ball. “No entanto, se você pensar que o Bitcoin existe e é um negócio mais previsível e valioso que a moeda argentina, ou se você viver na Libéria, o que acontecerá com toda infraestrutura ao seu redor…”

“As pessoas estão migrando para o Bitcoin no mundo inteiro, como uma alternativa um pouco mais confiável que suas moedas.”

A Argentina não é o único país onde o Bitcoin atingiu recordes de preço. Na Turquia, a criptomoeda é negociada por quase 1 milhão de liras turcas. Já na Nigéria, o BTC está sendo negociado por 27 milhões de nairas nigerianas.

Bitcoin e naira nigeriana. Fonte: Google.
Bitcoin e lira turca. Fonte: Google.

Em países como Venezuela e Zimbábue, é até difícil saber a valorização exata do Bitcoin. De qualquer forma, o mapa da inflação do FMI mostra que são raras as exceções de países que não estão vendo suas moedas definharem.

Inflação em diversos países do mundo. Fonte: FMI.

Portanto, mesmo longe de um cenário ideal para estar subindo, a falta de confiança nas moedas estatais pode ser uma das tantas razões por trás da alta de 100% do Bitcoin em 2023.

Afinal, o sendo uma moeda global, com um limite máximo de unidades e sem interferência política, o Bitcoin está provando ser um ótimo refúgio das velhas práticas inflacionárias dos governos.

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Autor:
Henrique HK