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Bitcoin atinge recorde de preço na Argentina em meio à eleições presidenciais

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Após os argentinos mostrarem grande apoio por Javier Milei, vencedor das eleições primárias para presidente, o Bitcoin atingiu um novo recorde de preço na Argentina. No momento desta redação, o BTC está sendo negociado por 21 milhões de pesos.

Em comparação, a criptomoeda estava valendo 15 milhões de pesos ainda em junho de 2023, antes mesmo de Milei, presidenciável pró-Bitcoin, aparecer como candidato favorito da população argentina.

Já em relação ao dólar, o Bitcoin segue quase estático na região dos US$ 29.000 há pelo menos dois meses. Embora esteja longe de seu topo, de US$ 69.000, o BTC também está distante de seu fundo, de US$ 16.000.

Bitcoin atinge novas máximas na Argentina

Desolado pela inflação, o peso argentino segue perdendo valor frente a outras moedas e produtos. Portanto, o Bitcoin pode estar funcionando como um porto-seguro aos cidadãos que desejam manter seu poder de compra.

Segundo dados da Ripio, o Bitcoin estava sendo negociado por 6,5 milhões de pesos em agosto do ano passado. Exatamente um ano depois, o Bitcoin agora está na casa dos 21 milhões, uma alta de mais de 300% no período.

Bitcoin atinge novo recorde de preço na Argentina. Fonte: Ripio.

A mudança no câmbio está acelerando por conta das eleições. Por um lado, a velha política faz os mercados não terem nenhuma expectativa de recuperação do peso. Por outro, o futuro do peso pode estar condenado a morte, mas para um bem maior.

Javier Milei pode matar o peso, mas salvar a Argentina

Candidato mais votado nas eleições primárias a presidência da Argentina, Javier Milei se auto-intitula como um minarquista. Ou seja, defende que o Estado deva existir, mas que seu tamanho deve ser o menor possível.

Um dos principais alvos de suas críticas é justamente o Banco Central da Argentina. Em contrapartida, Milei aponta que o Bitcoin seria uma proteção contra a desvalorização do peso argentino.

“O Banco Central é uma fraude, é um mecanismo pelo qual os políticos roubam as pessoas de bem com o imposto inflacionário”, comentou Milei recentemente. “O Bitcoin representa a volta do dinheiro ao seu criador original, que é o setor privado.”

“Os Estados se apropriaram da exclusividade de poder emitir [dinheiro]. O curso forçado permite aos políticos te roubar com o imposto inflacionário. O Bitcoin vai chegar a um limite e não se emite mais, e pode competir com outras moedas, como compete com o Ethereum e outras.”

Em outras palavras, Milei pode estimular o uso de outras moedas na Argentina, incluindo dólar, criptomoedas e até mesmo o real brasileiro, caso seja eleito. Portanto, isso explica a alta do Bitcoin frente ao peso argentino, com o mercado temendo um abandono geral de uma moeda condenada ao fracasso.

Os adversários de Milei também não apresentam nenhuma saída sem dor. Com taxas de juros já acima dos 100%, é difícil imaginar que alguém consiga salvar a moeda nacional argentina.

Por fim, Milei pode estar prestes a matar o peso argentino de uma vez por todas, mas salvar a Argentina e os próprios argentinos, que poderão escolher uma moeda melhor. Em paralelo, alguns presidenciáveis dos EUA também possuem uma visão semelhante a de Milei, ou seja, talvez estejamos no início de uma grande mudança monetária global.

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Autor:
Henrique HK