Após sequestro de sócio da Indeal, PC investiga e prende três

Após capturar sócio da pirâmide financeira, homens exigiram 50 Bitcoins como pagamento.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou na última quarta-feira (18) a Operação Talião. Após o sequestro de um sócio da empresa Indeal, em abril de 2020, a polícia investigava o caso.

São suspeitos de participar desse sequestro pelo menos cinco pessoas. Os sequestradores seriam, de acordo com a polícia civil, antigos investidores da pirâmide financeira que ruiu em 2019.

Com a deflagração da Operação Egypto, em 2019, a Indeal foi encerrada e os líderes presos. A empresa oferecia rendimentos de até 15% associados ao Bitcoin, mas não passava de um esquema ponzi.

Recentemente, as autoridades brasileiras afirmaram que capturaram o dinheiro dos investidores nos EUA. Contudo, quem acreditou no esquema segue sem receber até o aporte inicial feito na empresa.

Polícia Civil prende três após sequestro de sócio da Indeal

A polícia civil do Rio Grande do Sul deflagrou a Operação Talião, nome que deriva do latim “Lex Talionis”. De acordo com a polícia militar de São Paulo, Talião significa que “o mal que alguém faz a outro, deve retornar a este, através de um castigo imposto, na proporção daquele mal“.

Nessa linha, a PC-RS investigava desde abril um crime cometido contra um homem na cidade de Novo Hamburgo. O crime de sequestro teria sido cometido contra um sócio da Indeal, empresa apontada como pirâmide financeira.

Quando foi encerrada, a Indeal deixou de pagar os rendimentos prometidos aos clientes. Dessa forma, os sequestradores do sócio da fraude queriam reaver seus investimentos na empresa.

A ação teria acontecido no dia 29 de abril, com início às 8h30min daquele dia. O sócio da Indeal, que não teve o nome revelado pela PC-RS, foi sequestrado e passou o dia em cativeiro.

Os sequestradores então pediram o pagamento de 50 bitcoins como resgate, para sua família. Na época, o valor daria R$ 2.814.899,18, afirmou a polícia. Considerando do preço do Bitcoin hoje, a soma ultrapassa os R$ 4,7 milhões.

No entanto, o valor não foi pago para que o sócio da Indeal fosse colocado em liberdade. Mesmo assim, às 17 horas daquele dia os sequestradores libertaram o homem na cidade de Canoas (RS). A polícia estima que pelo menos cinco pessoas tenham participado da ação criminosa.

De abril até aqui, a PC-RS investigou o sequestro e reuniu elementos contra três homens. Um deles seria um policial militar da ativa, outro um trader do mercado financeiro e o terceiro o pai de um dos dois primeiros.

Os três foram presos por suspeitas de sequestro do sócio da Indeal. A PC-RS continua com as investigações para identificar outros autores do crime.

Dinheiro dos investidores da Indeal ainda não voltou, mas esperanças voltam

Como apontado pelo Livecoins, as autoridades brasileiras conseguiram localizar recursos da Indeal recentemente. Após localizar milhões de Bitcoins em nome de Marcos Fagundes, na corretora Poloniex, o FBI sacou o saldo em nome da justiça brasileira. A corretora ajudou nas investigações, apontou a justiça norte-americana.

O pedido foi feito pela justiça brasileira, e os Bitcoins agora estão em posse da justiça dos EUA. Os recursos deverão voltar ao Brasil em algum momento, ainda não revelado publicamente.

Mesmo assim, os recursos não irão automaticamente para os antigos clientes da Indeal. As restituições dos antigos investidores da pirâmide serão feitas mediante acordos judiciais. Quem ainda não ingressou com processo na justiça, no entanto, poderá ficar de fora da festa.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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