Bitcoins roubados são vendidos até 20% mais caros em leilão da polícia

Criptomoedas foram apreendidas com hacker que foi preso após ser acusado de aplicar golpes na internet.

Um leilão de criptomoedas roubadas surpreendeu ao vender os ativos digitais acima do preço do mercado. Segundo apuração, o Bitcoin saiu mais de 20% mais caro através do leilão de criptomoedas, roubadas de um hacker preso recentemente. Com a oferta, o preço por cada unidade da criptomoeda saiu até de R$ 7.000 mais caro.

Bitcoins roubados foram vendidos acima do preço, por um leilão organizado pela empresa Wilsons Auctions. A polícia destinou várias criptomoedas para o leilão.

O leilão recebeu 7.500 lances de vários países, onde foram oferecidas as criptomoedas do hacker Elliot Gunton. Entre os países que registraram ofertas de investidores no leilão encontram-se o Brasil, Austrália, Canadá e outros. Além do Bitcoin, estavam em posse de Elliot quantias em Ripple (XRP), Ethereum e Bitcoin Satoshi Vision (Bitcoin SV).

Bitcoins roubados saíram mais caro que no mercado

O preço dos Bitcoins roubados por Elliont Gunton saiu acima do praticado no mercado. O leilão aconteceu na última semana e conseguiu arrecadar mais de R$ 1,5 milhão. Durante dois dias, foram oferecidos 62 lotes de criptomoedas, onde a maioria correspondia ao Bitcoin.

Com lotes que variavam entre 1, 0.5 e 0.25 unidades de (BTC), os investidores puderam registrar lances completamente livres. Ou seja, o Bitcoin seria de quem pagasse mais por ele. A expectativa era de que a criptomoeda seria supostamente negociada abaixo do preço do mercado. Porém, não foi isso que aconteceu.

Criptomoeda saiu 21% mais cara no leilão

O preço médio de cada unidade de Bitcoin no leilão foi registrado em R$ 34.691,33, nos lotes em que era oferecido uma unidade inteira da criptomoeda. Enquanto isso, a cotação da criptomoeda no dia estava em R$ 33.227,37. Dessa forma, uma diferença de quase R$ 1.500 foi apontado entre o preço do Bitcoin no leilão e o preço da criptomoeda no mercado.

Essa diferença permitiu que a criptomoeda fosse negociada com um valor que atingiu mais de 21% de diferença, em alguns casos. No final, o valor médio do Bitcoin no leilão saiu acima da cotação da criptomoeda no mercado.

Nos lotes em que 0.5 (BTC) foram ofertados, o preços da criptomoeda ficou ainda mais caro. O preço médio registrado nesse tipo de lote foi de R$ 35.135,08. Sendo assim, um valor acima de R$ 1.900 marcou a diferença entre o preço do leilão para este lote e a cotação do Bitcoin naquele dia.

Outro grupo de lotes apresentados no leilão oferecia 0.25 (BTC). Nesse caso, o preço médio foi de R$ 40.244,43 por cada unidade da criptomoeda. Uma diferença de mais de R$ 7 mil. Ou ainda, 21.12% mais caro que a cotação atual do Bitcoin no dia em que o leilão aconteceu.

Hacker é acusado de criar site falso de exchange

Elliot Gunton foi preso pela polícia britânica, que encontrou R$ 1,5 milhão de reais em criptomoedas. A quantia milionária foi adquirida pelo hacker através de crimes cometidos na internet. Os crimes do hacker variam e atingem o mercado financeiro tradicional, como o acesso a conta de bancos de investidores lesados.

O hacker é apontado como um dos participantes do conhecido golpe Talk Talk. Após uma invasão à empresa em 2018, o golpe rendeu um prejuízo de mais de R$ 400 milhões.

Gunton também é apontado como o responsável por criar um endereço falso para a exchange norte-americana EtherDelta. O criminoso teria utilizado o endereço falso para reunir informações de usuários da corretora de criptomoedas. Após isso, Gunton acessava contas e transferia as criptomoedas roubadas.

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Paulo Carvalho
Paulo Carvalho
Jornalista em trânsito, escritor por acidente e apaixonado por criptomoedas. Entusiasta do mercado, ouviu falar em Bitcoin em 2013, mas era que nem caviar, "nunca vi, nem comi, só ouço falar".

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