Recentemente aconteceu a Games For Change (G4C) América Latina, que teve uma versão completamente online. A ideia da iniciativa é premiar e reconhecer jogos criados com o intuito da conscientização social ou com o objetivo educacional de diferentes áreas.
O projeto vencedor de 2020 foi de uma brasileira, criadora do jogo Aurora, que mostra em uma perspectiva diferente a Tragédia de Cubatão. Entre diferentes prêmios, a brasileira também receberá criptomoedas criadas para o próprio evento.
O VIII Festival Games for Change América Latina aconteceu no último dia 11 e contava com a possibilidade de qualquer pessoa inscrever um projeto, desde que ele tivesse dentro das regras do concurso. Com o fim do evento foi anunciado diferentes projetos de destaque, mas a grande vencedora foi Camila Bothona, com o jogo Aurora.
O game traz a perspectiva de uma criança sobre o Incêndio da Vila Socó, que aconteceu em 1984 em Cubatão e foi responsável pela morte de mais de 500 pessoas.
Para a Folha De São Paulo, o presidente da G4C América Latina, justificou a escolha do jogo como o grande vencedor da edição de 2020.
“O Jogo usa arte e tecnologia para contar uma tragédia ambiental de profundo impacto social colocando a visão de uma criança no centro da experiência. É um exemplo claro de projeto que propõe mudança de consciência por parte do jogador, alerta para os impactos ambientais da indústria e tudo isso com arte primorosa.”
Em julho 2021, Camila apresentará a sua criação em Nova York, um dos prêmios também será uma quantia em criptomoedas.
Criadora brasileira recebeu premiação em criptomoeda, Museu do Ipiranga premiou mais 3 projetos
De acordo com as regras da premiação, os vencedores brasileiros receberiam o prêmio em uma criptomoedas fungível e com circulação no mercado. As criptomoedas poderão ser utilizadas para investimento em outros projetos ou para diferentes tipos de transações.
Além de “Aurora”, mais outros três jogos foram escolhidos pelo Museu do Ipiranga para também receberem uma premiação em criptomoeda, além de apoio para desenvolvimento completo durante o próximo ano e exposição na versão digital do museu. Os desenvolvedores: Caio dos Santos Barbosa , com o “Sombras da Verdade”, Marina Jötten criadora do “Mistérios da Independência e Lucas Magon Santos, desenvolvedor de “Retrato Falado”, receberam R$ 2 mil em criptomoedas cada um.
Os projetos também recebem premiação em “Peace Coin”, também chamadas de “Moedas da Paz”, uma moeda criada no Japão com base no Ethereum. As Moedas da Paz não possuem um mercado nacional, nem estão listadas em nenhuma exchange local, mas podem ter outras utilizações de investimento.
Games for Change questionam como as criptomoedas vão mudar o mundo
“Quem nunca ouviu falar em Bitcoin?” diz a página que descreve os diferentes desafios que os jogos deveriam tentar resolver. Um dos focos da Games For Change desse ano foi criar formas de tentar descobrir como as criptomoedas podem impactar e ajudar no desenvolvimento social e criar novas oportunidades, além das financeiras.
“Precisamos pensar em como essas mudanças no nosso sistema monetário vão afeitar cousas sociais, transformar os espaços onde habitamos, permitir novos estilos e atitudes no consumo e em nossa relação com o dinheiro.”
Com isso, o desafio propôs a criação de jogos com criptomoedas para a democratização do investimento em cultura, sustentabilidade, justiça e paz.
Ao envolver as criptomoedas com uma nova geração de desenvolvedores de jogos, além de explora as possibilidades sociais dos ativos digitais, o Games For Change está no caminho certo para alavancar os casos de uso dos ativos digitais muito além da revolução financeira.