CEO da B3 critica corretoras de criptomoedas

Em entrevista, ele disse que elas não seguem regras no Brasil.

O CEO da B3, Gilson Finkelsztain, atacou as corretoras de criptomoedas em uma entrevista a um portal de notícias brasileiro, afirmando que elas não seguem regras.

No Brasil, as corretoras de criptomoedas são empresas que atuam na intermediação de negociações entre pessoas, colocando mercados a disposição dos clientes. São mais de 20 corretoras atuando no mercado cripto brasileiro, oferecendo negociações de vários pares de criptomoedas.

Só em Bitcoin, por exemplo, essas operações movimentaram R$ 9.735.582.635,27 no último mês de outubro. Ou seja, há um grande interesse de investidores neste mercado, que já tem mais de 2 milhões de investidores.

Com um mercado já registrando volumes expressivos de movimentações, a Receita Federal editou em 2019 a Instrução Normativa n.º 1.888, que estabelece que todas as empresas do setor prestem informações. Essa obrigação foi lembrada até por um auditor fiscal em uma audiência pública recente que discutiu o tema.

Além disso, as corretoras brasileiras já reportam ao COAF transações suspeitas feitas por seus clientes, além de colaborar com investigações e vários outros órgãos de controle. Mas tudo isso foi ignorado pelo CEO da B3, que criticou duramente essas plataformas.

CEO da B3 sobre corretoras de criptomoedas: “não seguem regulação e são mais caras para usuários”

Com o mercado de criptomoedas em alta no Brasil, a B3 já listou alguns produtos em seu portfólio ligados a esse mercado. Segundo Gilson Finkelsztain, cerca de 160 mil clientes já negociam ETFs de Bitcoin e criptomoedas na bolsa brasileira, uma realidade que espera que cresça em breve.

Contudo, questionado pelo Seu Dinheiro sobre uma possível concorrência da B3 com as corretoras de criptomoedas, ele negou essa relação e ainda desferiu duras críticas ao setor.

Segundo sua visão, as corretoras de criptomoedas não seguem regulação, algo que colocaria os investidores em risco. Além disso, ele informou que os custos para se operar criptomoedas nessas plataformas são muito maiores para os clientes, com uma proteção muito menor.

Ele disse que espera lançar derivativos de criptomoedas na B3 ainda, que seriam mais opções para que investidores se exponham de forma indireta ao setor.

B3 vai tokenizar ativos

Várias empresas que atuam no Brasil já trabalham com a tokenização de ativos, como a Liqi, por exemplo, que criou o token do Cruzeiro, Coritiba, entre outros mais.

Com esse mercado ligado ao tema de finanças descentralizadas (DeFi), Finkelsztain disse que não tem interesse em trabalhar com a tokenização de ações, visto que julga já ser fácil comprar papéis de empresas na bolsa de valores.

Contudo, ele acredita que tokenizar uma obra de arte, carro e até imóvel pode ser interessante, com a B3 de olho para entrar neste setor.

Após atacar as corretoras de criptomoedas, o CEO da B3 reconheceu que elas trouxeram inovações ao setor financeiro, devendo a empresa, listada na bolsa também, a aprender com o que já foi feito. Sua maior preocupação, contudo, é a falta de regras no setor das criptomoedas, que podem levar pessoas ao prejuízo, segundo Gilson.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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