Representantes do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) do Brasil estiveram em Santo Domingo (República Dominicana), entre os dias 16 e 18 de setembro, para uma missão oficial promovida pelo Grupo de Ação Financeira da América Latina (GAFILAT). Este órgão segue os padrões do GaFi, com foco na região latina.
Desta forma, a regulamentação do mercado de criptoativos e o combate à lavagem de dinheiro no setor digital tornaram se pauta central na agenda de segurança financeira da América Latina.
O encontro reforçou o compromisso brasileiro com as políticas globais de prevenção e destacou que as criptomoedas já são um tema de análise setorial fundamental para o futuro da região.
O evento serviu como um workshop sobre a Avaliação Nacional de Riscos ANR. Este instrumento é essencial para orientar as políticas dos países sobre prevenção à lavagem de dinheiro ao financiamento do terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa.
O COAF que é o órgão responsável por coordenar a ANR no Brasil aproveitou a experiência para aprimorar sua equipe que conduzirá a atualização da avaliação nacional em breve.
Um dos pontos mais relevantes do debate foi justamente a inclusão dos ativos digitais. Foram discutidas as análises setoriais específicas que miram o setor de apostas e o de criptoativos.
A inclusão indica que a tecnologia blockchain e as moedas digitais não são mais apenas um tema de inovação tecnológica, mas sim um foco de risco sistêmico que exige alinhamento regulatório entre as nações latino americanas.
O debate sobre as análises setoriais envolveu a busca por boas práticas e a discussão de desafios enfrentados pelos países da região, como o desenvolvimento de metodologias e a atualização das recomendações do Grupo de Ação Financeira Internacional GAFI.
Nos dias seguintes, a reunião da Comissão Estratégica do GAFILAT Comest debateu as bases para o próximo Plano Estratégico 2026 2030.
O fato de os ativos digitais terem sido um tema proeminente sugere que a fiscalização de transações com criptomoedas deve se consolidar como um pilar da estratégia regional nos próximos anos.
A participação do COAF mostrou o compromisso do Brasil com o fortalecimento da cooperação internacional e da governança regional contribuindo para políticas públicas eficazes e alinhadas às melhores práticas globais.