Empresa que controla maior oleoduto dos EUA paga R$ 21 milhões em Bitcoin para hackers liberarem sistemas

Nos últimos dias, a empresa teve seus dados sequestrados em um ataque ransomware, mas acabou cedendo à pressão.

Uma empresa responsável pelo maior oleoduto dos EUA anunciou que pagará o resgate, em Bitcoin, para hackers que invadiram seus sistemas. Segundo especialistas, ela pode ter falhado em restaurar seus arquivos.

Os ataques ransomwares têm sido comuns nos últimos anos, causando prejuízos para pessoas e organizações pelo mundo. Ao realizar o download de um arquivo malicioso, seja por um site falso ou anexo de e-mail, a vítima tem todos os dados do seu computador bloqueados por criptografia.

Apesar de algumas ferramentas de proteção já conseguirem desfazer o problema, os criadores desses programas maliciosos continuam inovando. Para liberar o acesso ao computador das vítimas, os hackers costumam pedir o pagamento de um resgate, normalmente em criptomoedas, como Monero ou Bitcoin.

Além disso, os novos ataques têm vazado dados de vítimas que se negam a pagar, piorando a extorsão digital, que é crime no mundo todo.

Empresa que controla maior oleoduto dos Estados Unidos cede e paga resgate em Bitcoin após ataque ransomware afetar seus sistemas

A Colonial Pipeline, empresa que controla o maior oleoduto dos Estados Unidos, avisou sobre um ataque ransomware no último dia 11 de maio. O site da empresa teria sido um dos serviços afetados, além dos sistemas internos do negócio.

Apesar do trabalho para restaurar as atividades, a Colonial Pipeline não teria conseguido restaurar suas plataformas para voltar a rotina normal. O ataque foi tão sério que interrompeu a entrega de combustível em grande parte dos Estados Unidos, caso este que chegou até a Casa Branca.

Até o presidente Joe Biden teria sido questionado se a empresa deveria pagar o resgate, para voltar a funcionar. No entanto, Biden não comentou o assunto, visto que pagar o resgate de um ransomware é crime nos Estados Unidos.

Apesar do risco, a Colonial Pipeline resolveu pagar os invasores, de acordo com John Catsimatidis, em valor estimado de US$ 4 milhões (R$ 21,4 milhões). Mesmo com o pagamento, o site da companhia continua com acesso restrito nesta sexta-feira (14), com os avanços na resolução do incidente sendo publicados na página https://cpcyberresponse.com/.

Acesso ao site do oleoduto segue com restrições
Acesso ao site do oleoduto segue com restrições/Reprodução

Porque pagar resgate de ransomware é um crime, quais os riscos a empresa corre?

Ao pagar pelo resgate, a Colonial Pipeline esperava reaver seu sistema o mais rápido possível. Como é responsável pelo abastecimento de uma grande frota de veículos nos Estados Unidos, a paralisação de suas atividades causam um prejuízo grande no país.

A empresa acabou sofrendo pressão para lidar rápido com a situação, se vendo em uma posição difícil. Apesar de não ter confirmado o pagamento publicamente, caso a Colonial Pipeline o tenha feito, ela pode ter cometido um crime.

Nos Estados Unidos, pagar resgate de ransomware com criptomoedas é considerado uma atividade proibida, considerada um financiamento de terrorismo. Ou seja, a grande gestora do oleoduto, pode sofrer punições caso o governo do país entenda assim.

As autoridades investigam o caso, sendo que o FBI apontou como responsáveis o grupo DarkSide, que pode ser de origem russa.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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