As pessoas que estão se convertendo ao cristianismo através do Bitcoin

Evangelistas do Bitcoin como Patrick Melder argumentam que o Bitcoin tornará os adotantes bem-sucedidos e os ajudará a vencer a inflação, outro argumento bem comum entre os Bitcoiners.

O Bitcoin parece estar mudando muitos investidores, mas não apenas de formas financeiras, mas também no nível espiritual, com alguns afirmando que o Bitcoin está ajudando eles a “encontrar Deus”, como mostrado pelo Slate.

O site contou a história de Tomer Strolight, que disse nunca ter sido religioso até conhecer o bitcoin.

Strolight ficou fascinado com a nova descoberta e com as possibilidades que a moeda apresentava, com um sistema transparente para a transferência de valores de forma segura.

“Quanto mais eu estudava, mais percebia que este é um sistema incorruptível, que este é um sistema que tem justiça embutida através da matemática e da verdade”, disse Tomer.

Quanto mais o investidor estudava, mais ele acreditava que a criação da criptomoeda é resultado de um intelecto superior, talvez, superior até demais. Para Strolight, de 52 anos e que hoje se dedica ensinar sobre o Bitcoin, esse é um trabalho não de um homem “Essa genialidade é de Deus.”

Isso fez com que Strolight abraçasse completamente a religiosidade e com isso, em um recente dia de primavera em Miami, Strolight decidiu ser batizado. Quando o sol se pôs, ele entrou nas águas mornas de South Beach e foi batizado por Patrick Melder, pastor da igreja evangélica de Atlanta.

Mais cedo naquele dia, Strolight fazia parte de um painel de convertidos que encontraram Cristo por meio da criptomoeda.

Esse painel fez parte da primeira conferência anual para cristãos Bitcoiners, Thank God for Bitcoin. Entre os participantes desse evento estavam até nomes conhecidos, como Jimmy Woo, um dos mais famosos analistas do criptomercado no Twitter.

Além dele o evento também contou com Tim Tebow, um devoto evangélico e ex-jogador de futebol profissional.

Todo o evento e seus participantes têm em comum o fato de terem encontrado a religião através do Bitcoin, ligando a criptomoeda diretamente ao cristianismo. Uma adoração à criptomoeda que beira até mesmo uma doutrina religiosa que anda lado a lado com a convicção cristã dos participantes.

“A adoção do Bitcoin se torna uma convicção. Uma convicção baseada na verdade e nos fatos. E como nossa fé, a convicção nos firmará em tempos de volatilidade ou dúvida.”, Escreveu patrick melder em seu livro o caso cristão do bitcoin.

“A Combinação de Religião e Bitcoin não surpreende”, diz especialista

Para Joseph Laycock, professor de estudos religiosos da Texas State University que recentemente escreveu sobre Bitcoin e religião, o surgimento de uma comunidade cristã de Bitcoin não é surpreendente.

Laycock sugere que a união do Bitcoin e do cristianismo não é coincidência. Ele vê paralelos entre a crença no Bitcoin e uma “parte paranoica do evangelismo americano”, que vê o mundo como uma batalha entre o bem e o mal.

Os devotos do Bitcoin também acreditam que a criptomoeda é “bom dinheiro”, uma revisão justa de um sistema monetário internacional corrupto, uma das principais convicções que Bitcoiners tem sobre criptomoedas.

Para Laycock há também uma ressonância entre o Bitcoin e o “evangelho da prosperidade”, um movimento cristão que começou após a Segunda Guerra Mundial, cujos pregadores argumentam que Jesus quer que seu rebanho seja rico.

Da mesma forma, evangelistas do Bitcoin como Patrick Melder argumentam que o Bitcoin tornará os adotantes bem-sucedidos e os ajudará a vencer a inflação, outro argumento bem comum entre os Bitcoiners.

Evangelho do Bitcoin ao redor do mundo

Com isso em mente, esse grupo de “evangélicos do Bitcoin” tem espalhado sua “fé” ao redor do mundo, principalmente em países da América Latina, onde há uma preocupação financeira muito maior do que em países do hemisfério norte.

Patrick Melder começou a acreditar tão fortemente no poder do Bitcoin que decidiu espalhar o cripto-evangelho para outros países.

Durante anos, ele e sua família viajaram para Panajachel, Guatemala para organizar um acampamento de arte para estudantes de uma pequena escola cristã. Uma vez que ele se tornou um Bitcoiner devoto, refletiu sobre como a criptomoeda poderia ajudar a escola e a comunidade ao redor.

A partir de 2021, ele viajou várias vezes para Panajachel para estabelecer uma economia circular de Bitcoin através de um projeto que ele apelidou de Bitcoin Lake (Lago Bitcoin).

No projeto ele dá aulas sobre Bitcoin para crianças, convence donos de empresas locais a aceitar Bitcoin como pagamento e solicita ao município que use energia renovável para minerar a criptomoeda.

Existe até uma autoproclamada “Igreja do Bitcoin”, uma pequena comunidade online estabelecida por Henry Romp, um desenvolvedor de software de 30 anos que mora em Middlebury, Vermont.

“Quando Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin, acho que ele foi divinamente inspirado. que algum tipo de Deus benevolente o enviou para o mundo ou enviou a ideia para ele.”, diz Romp para quem visita a Igreja do Bitcoin.

Com isso, a comunidade do Bitcoin, que por muitos já é considerada como beirando um sistema de fé, ganha ainda mais uma conotação religiosa entre alguns seguidores, o que não é inerentemente algo negativo, mas com certeza há uma relação entre as duas coisas que pode ser um pouco estranha para muitos.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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