Doações em bitcoin para “Comboio da Liberdade” são congeladas e confiscadas

Além do congelamento dessas doações, os organizadores dos protestos agora estão enfrentando um processo coletivo, assim com os organizadores das campanhas de financiamento do comboio.

O grupo de protestos contra mandados de vacinação no Canadá, chamado de “Comboio da Liberdade”, sofreu diferentes sanções do governo e de empresas, incluindo o fim de uma campanha de doação coletiva. Uma das alternativas em meio a essas sanções foi a adoção do Bitcoin como forma de doações, mas isso também não funcionou como eles esperavam.

Como mostrado pelo Vice, a adoção do Bitcoin pelos caminhoneiros foi um momento importante para muitos, até mesmo tornando alguns críticos em apoiadores, juntando a ideologia política do movimento com toda a ocasião. No entanto, esse suposto momento importante para o Bitcoin não durou muito tempo.

Em um fim similar ao que já aconteceu, as doações de Bitcoin agora também estão congeladas, como as doações em moedas fiduciárias. Muitos dos participantes do comboio que contavam com as doações do Bitcoin contra as sanções financeiras não podem movimentar o dinheiro.

Não só isso, de acordo com a Vice, os bitcoins enviados para NobodyCaribou, um dos organizadores da campanha de doação com criptomoedas, teve os seus bitcoins confiscados pelas autoridades.

Além do congelamento dessas doações, os organizadores dos protestos agora estão enfrentando um processo coletivo, assim com os organizadores das campanhas de financiamento do comboio.

De acordo com o processo, os bitcoins congelados e confiscados serão distribuídos para os moradores de Ottawa que estavam próximos dos protestos.

Organizadores estão tentando encontrar uma maneira de financiar caminhoneiros

J.W. Weatherman, um dos líderes de doação de Bitcoin para o comboio, entrou em contato com NobodyCaribou para tentar encontrar uma maneira para distribuir o dinheiro em Bitcoin, divulgando o plano em um documento de 25 páginas no Google Doc.

Um programador até mesmo se voluntariou para dividir os 14.6 bitcoins em 100 diferentes carteiras de Bitcoin que serão distribuídas diretamente para os caminhoneiros, mas ainda assim é uma alternativa complicada.

Para os caminhoneiros acessarem o dinheiro, NobodyCaribou teve que entrar em contato pessoalmente com cada um deles individualmente e entregar um envelope com detalhes bem específicos e extensos em como conseguir usar o Bitcoin da carteira que receberam, assim com os códigos necessários.

“Eu dei a pílula laranja para muitos caminheiros ao dar a eles 8.000 razões para considerar o Bitcoin. 10% dos caminhoneiros recusaram a doação, com medo de estarem sendo enganados por causa da complexidade do sistema.” Disse NobodyCaribou ao Motherboard.

O problema das doações é que o Bitcoin tem uma rede totalmente transparente e, consequente, fácil de ser rastreada, por isso foi fácil encontrar e conseguir bloquear a distribuição do dinheiro em Bitcoin, que estava sendo custodiado por uma única pessoa.

NobodyCaribou falou que a situação serviu como um experimento para toda a comunidade do Bitcoin, como uma prova-de-conceito e que há algumas lições a serem aprendidas:

“Coordenação centralizada é bom, custódia centralizada é um problema.”, concluiu NobodyCaribou.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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