A semana teve início com uma leve reação positiva no mercado, especialmente para o Bitcoin, que voltou a subir após tocar a região dos R$112 mil, anteriormente mencionada como uma possível zona de interesse comprador (demanda).
Na última sexta-feira, os dados de emprego divulgados nos Estados Unidos vieram mais fracos do que o esperado, o que trouxe um sentimento pessimista quanto à possibilidade de uma recessão, levando as bolsas a caírem. No entanto, olhando por outro ângulo, esse enfraquecimento pode aumentar as chances de cortes na taxa de juros já em setembro.
Na CME (Bolsa de Chicago), aumentaram as apostas em favor de uma redução nos juros. Atualmente, mais de 93% do mercado acredita que o corte acontecerá em setembro. Além disso, agora são esperados três cortes até o fim do ano, e não mais apenas dois.

O Bitcoin segue em uma postura cautelosa, aguardando novos catalisadores para dar continuidade à alta. Caso respeite o padrão de bandeira de alta no gráfico, o preço pode buscar a linha superior do canal e ultrapassar os US$125 mil.

Um possível catalisador pode ser a assinatura de uma ordem executiva pelo presidente dos EUA, Donald Trump, permitindo a inclusão de criptomoedas, como o Bitcoin, nos populares planos de aposentadoria 401(k), pode se tornar um catalisador decisivo para a valorização do mercado cripto. Esses planos somam mais de US$ 8,9 trilhões sob gestão e estão acessíveis a cerca de 70% dos trabalhadores americanos. Com isso, abre-se espaço para uma nova onda de demanda institucional. A tese de que uma pequena alocação em Bitcoin pode melhorar substancialmente a performance dos portfólios tradicionais vem ganhando força entre grandes gestores e especialistas, o que tende a acelerar ainda mais a adoção do ativo no mercado financeiro tradicional.
Para quem não entrou nas regiões dos US$112 mil ou no reteste do order block em US$112.800, a melhor alternativa neste momento é aguardar novas oportunidades mais claras.
Do lado dos dados on-chain, o volume de Bitcoin nas corretoras segue baixo, o que indica que os investidores institucionais não têm intenção de vender suas posições no curto prazo. Isso reforça o padrão dos ciclos anteriores: historicamente, o Bitcoin tende a atingir sua máxima histórica nos meses de novembro e dezembro, no ano seguinte ao halving, como estamos vivendo agora.

Enquanto isso, algumas altcoins continuam apresentando boas assimetrias. Quem está com caixa e sabe selecionar ativos promissores pode aproveitar as correções para montar posições ou acumular mais. Quando os cortes nos juros forem efetivados, o mercado tende a reagir com força.