No dia 31 de dezembro de 2024, Ken Liem, um morador da Califórnia nos Estados Unidos, moveu um processo contra vários bancos após perder cerca de US$ 1 milhão em criptomoedas. Na conversão para Real, o valor ultrapassa os R$ 6 milhões, mostrando a extensão dos prejuízos causados.
De acordo com a vítima, ele foi um alvo do ataque de “abate de porcos” pela internet. Nos últimos anos, várias pessoas, independente de serem homens ou mulheres, caíram em fraudes assim, que envolvem um suposto relacionamento romântico pela web.
Ao se aproximar das vítimas, os golpistas conquistam a confiança das pessoas, para depois dizerem que ganham muito dinheiro com investimentos em criptomoedas. Neste ponto, eles podem ampliar a confiança, ao pedir que as vítimas depositem pouco para conhecer, e obterem um bom retorno de curto prazo.
Seduzidas pelos ganhos rápidos e fáceis, muitas vítimas acabam colocando mais dinheiro e, quando tentam sacar novamente, os problemas começam. Não está público o processo de Ken Liem, mas tudo indica que ele caiu na fraude e agora quer responsabilizar os bancos que tinham sua conta.
Conforme apuração do Livecoins, ele citou os bancos Chong Hing Bank Limited, DBS Bank Hong Kong Limited, FFQI Trade Limited, Fubon Bank Limited, Richou Trade Limited, Weidel Limited, Xibing Limited como réus no processo. Todos operam na região da Ásia.
“Bancos falharam em evitar que fui vítima de golpe”, diz vítima que acreditava estar investindo em criptomoedas
A fraude começou com a aproximação de um suposto investidor, identificado como “Dany Lin,” que persuadiu Liem a transferir cerca de 986 mil dólares de sua conta no Wells Fargo para contas mantidas em bancos asiáticos.
Os fundos deveriam ser usados em investimentos em criptomoedas, mas acabaram desviados para contas fraudulentas.
Liem alega que os bancos falharam gravemente ao não aplicarem os procedimentos de combate à lavagem de dinheiro (AML) e de verificação de clientes (KYC), permitindo que as contas fraudulentas fossem abertas e operassem livremente.
A denúncia argumenta que os bancos agiram com negligência e até mesmo conivência, ignorando sinais claros de atividades fraudulentas.
A vítima alega que os bancos priorizaram o lucro das taxas de transação e abertura de contas, em detrimento da segurança e da transparência. Além disso, as entidades envolvidas no golpe não apresentaram evidências de atividades comerciais legítimas, e os bancos supostamente fecharam os olhos para essas irregularidades.
Liem espera que o processo judicial resulte em uma indenização superior a 986 mil dólares, além de pelo menos 3 milhões em danos punitivos para desencorajar comportamentos similares no futuro. Veja o processo na íntegra aqui.