William Sandeson, um ex-estudante de medicina condenado pelo assassinato de Taylor Samson em agosto de 2015, se envolveu em uma nova batalha legal que envolve uma carteira potencialmente milionária de bitcoin.
O advogado de Linda Boutilier, mãe de Samson, afirmou que a carteira de bitcoin pode conter até US$ 250.000, cerca de 1.3 milhão de reais, e que seus clientes estão reivindicando indenização por homicídio culposo.
De acordo com notícias locais, eles querem garantir que os bitcoins do assassino permaneçam com o tribunal, caso vençam o processo civil.
Durante o julgamento do assassino, que durou seis semanas na Suprema Corte da Nova Escócia, ele solicitou a devolução de seu laptop Dell enquanto estava sob custódia.
Em outubro de 2022, ele disse ao tribunal que sua carteira possuía US$ 10.000, mas afirmou que o valor havia aumentado durante seus sete anos preso.
Ele também afirmou que precisava do dinheiro para pagar seus advogados e que exigia acesso físico ao computador para acessar os fundos.
Mãe luta para impedir assassino de acessar bitcoins
Apesar de o pedido do assassino ter sido aprovado pela justiça no ano passado, o advogado da mãe da vítima obteve uma liminar temporária para impedir o acesso ao laptop em dezembro de 2022.
No início deste mês, a mãe de Samson, Linda Boutilier, e seu outro filho, Connor Samson, entraram com uma ação contra o assassino.
Sandeson foi sentenciado pelo assassinato de Samson, um estudante de física de 22 anos da Dalhousie University, em Halifax, em 2015. Ele admitiu ter se livrado do corpo da vítima na Baía de Fundy, e os restos mortais ainda não foram encontrados.
O advogado afirmou que os bitcoins poderão ser usados para pagar indenizações à mãe da vítima em caso de vitória no processo civil por homicídio culposo. O valor dos bitcoins pode ser significativo, com o advogado sugerindo que a conta pode conter mais de R$ 1 milhão em bitcoin.
“A família tem direito a uma indenização”, disse o advogado em uma entrevista. “É muito raro alguém que comete um homicídio ter quaisquer bens.”
A batalha por justiça
O caso de assassinato foi marcado por uma série de batalhas legais. Ele foi condenado por assassinato em primeiro grau em um julgamento de 2017, mas apelou e um segundo julgamento.
Em seu segundo julgamento, Sandeson foi condenado por assassinato em segundo grau. O júri teve quatro veredictos possíveis a considerar — assassinato em primeiro grau, assassinato em segundo grau, homicídio culposo ou inocência em todas as acusações.
Condenados por assassinato em segundo grau enfrentam uma sentença de prisão perpétua automática, mas o juiz pode definir a elegibilidade para liberdade condicional entre 10 e 25 anos.
Ao contrário do assassinato em primeiro grau, que envolve um assassinato planejado e deliberado, o assassinato em segundo grau é um assassinato que ocorre sem planejamento.
“Queríamos que ele fosse condenado por assassinato de primeiro grau, mas vamos pegar o que pudermos”, disse o advogado da mãe da vítima. “Ele (Sandeson) é mau. Há um lugar especial no inferno para ele.”