Minerador de Bitcoin apontando dedo para moeda digital
Um minerador solo foi o responsável pela mineração do bloco 803.821 do Bitcoin. Segundo Dr. Con Kolivas, responsável pela ckpool, o poder computacional do minerador era tão baixo que ele levaria 7 anos para encontrar um bloco na dificuldade atual. Ou seja, contou com uma pitada de sorte.
Como recompensa, o minerador sortudo recebeu 6,19 bitcoins, quantia equivalente a R$ 800.000 na cotação atual, quase se tornando um milionário do dia para a noite.
No total, 10 mineradores solos já encontraram blocos em 2023, já ultrapassando o número do ano anterior, que era de apenas oito. Entre 2015 e 2017, o número era bem maior, chegando a 24 em um único mês, mas a profissionalização do setor está diminuindo as chances de que tais eventos aconteçam.
Comumente, mineradores escolhem grandes pools para participar. Desta forma, conseguem ter ganhos pequenos, mas consistentes. Isso porque, a recompensa é dividida entre todos os participantes, com base em seu poder computacional.
No entanto, outros preferem arriscar a sorte ao ir contra as probabilidades. Em suma, mineradores solos podem passar anos sem receber nada, tendo apenas custos de manutenção e energia, mas, quando encontram um bloco, ficam com toda a recompensa para si.
Esse foi o caso de um minerador sortudo que encontrou o bloco de número 803.821 do Bitcoin. Como recompensa, abocanhou sozinho 6,19 BTC (R$ 800.000). Com uma chance pequena e um grande prêmio, foi como jogar na loteria.
“Parabéns ao minerador bc1q2za que com ~1 PH de hashrate resolveu o 277º bloco solo no ckpool! Um minerador desse tamanho só resolveria um bloco sozinho a cada 7 anos, em média, na dificuldade atual.”
Segundo a estimativa de Kolivas, o minerador sortudo possui dez ASICs S17, consideradas ultrapassadas e atualmente encontradas por US$ 400 (R$ 2.000) cada, na Amazon.
Como comparação, caso estivesse minerando em uma pool normal, o minerador estaria recebendo R$ 6.620 por ano, sem descontar custos de energia. Ou seja, precisaria de 120 anos para acumular os R$ 800.000 que recebeu neste único bloco.
Contudo, vale lembrar que o caso é uma exceção. Afinal, muitos outros mineradores solos passam anos sem receber nada. Portanto, embora o caso acima pareça encorajador, a melhor alternativa ainda é o uso de uma pool comum.
Por fim, um recente estudo realizado pelo CoinGecko apontou os custos para minerar Bitcoin em diferentes países, incluindo o Brasil — que surpreendente fica lado-a-lado com os EUA. Já nos extremos estão o Líbano, com o menor custo de eletricidade, e a Itália, com o maior.
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