Michael Saylor está ‘destruindo’ o Bitcoin, diz desenvolvedor

A MicroStrategy, empresa fundada por Michael Saylor, estaria trabalhando em uma solução de identidade descentralizada em cima do Bitcoin. Utilizando a tecnologia Inscription, a empresa conservaria dados na rede, aproveitando de sua segurança. O projeto pode ser encontrado no GitHub.

A proposta, no entanto, não agradou a todos. Luke Dashjr, um dos principais desenvolvedores do Bitcoin, afirmou que Michael Saylor está tentando destruir o Bitcoin com seu novo serviço.

Isso porque o desenvolvedor acredita que a rede deveria ser usada apenas para registrar transações. Jack Dorsey, fundador do Twitter, investiu R$ 30 milhões em um projeto de mineração de Dashjr no ano passado.

Um dos objetivos do projeto seria permitir que cada minerador montasse seu próprio bloco, podendo excluir transações que envolvem a gravação de dados.

MicroStrategy lança a ‘MicroStrategy Orange’, elevando o uso do Bitcoin

Cobra, mantenedor do site Bitcoin.org, alertou no mês passado para uma divisão da comunidade, separando em dois grupos, um que deseja melhorar a tecnologia do Bitcoin e outro que deseja deixá-la como está.

A MicroStrategy, empresa que hoje detém 214.278 BTC (R$ 65 bilhões), pode ser uma gigante nessa possível guerra. Em documento classificado como “rascunho” e “não-oficial”, a empresa propõe o uso da rede Bitcoin como um livro descentralizado para guardar dados de identidade.

“Não seria ótimo se, em vez de um símbolo azul [ou] um símbolo verde de verificado, houvesse um símbolo laranja que fosse um padrão global? Com a MicroStrategy, talvez pudéssemos abordar essa ideia de identidade descentralizada, com Bitcoin”, comentou Michael Saylor, sobre uma antiga ideia que pode estar prestes a sair do papel.

O nome da solução seria “MicroStrategy Orange”. No entanto, diversas pessoas já se mostraram contrárias a ela. Um dos destaques é Luke Dashjr, desenvolvedor do Bitcoin.

“MSTR lança a MicroStrategy Orange, uma solução de identidade descentralizada usando a blockchain do Bitcoin”, escreveu LeClair. “O método Bitcoin Inscription DID (did:btc) usa inscrições em dados de testemunhas para armazenar e gerenciar DIDs, aproveitando UTXOs para controle de DID.”

“De alguma forma, Saylor acha que faz sentido comprar muitos Bitcoins e depois destruir a rede do Bitcoin”, comentou Luke Dashjr.

Luke Dashjr, desenvolvedor do Bitcoin, mostra oposição à nova solução da MicroStrategy. Fonte: Twitter/Reprodução.
Luke Dashjr, desenvolvedor do Bitcoin, mostra oposição à nova solução da MicroStrategy. Fonte: Twitter/Reprodução.

Em outros tuítes, Dashjr afirma que as inscrições (inscriptions) são um ataque ao Bitcoin. O desenvolvedor tem lutado contra esse caso de uso há pelo menos um ano, desde a chegada dos Ordinals à rede.

Mais recentemente, ele também criticou os Runes após as taxas de transação ultrapassarem a faixa de R$ 1.500 no halving. Na oportunidade, Dashjr afirmou que isso seria uma exploração às falhas de design do Bitcoin.

O uso do Bitcoin para outros fins além de transações de BTC é ótimo para a segurança da rede. Isso porque essas taxas atraem mais mineradores para a rede, principalmente após o halving onde as recompensas-base foram cortadas pela metade.

No entanto, isso também sobrecarrega o Bitcoin, tornando transações cotidianas muito mais caras para o usuário comum. Por conta disso, muitos defendem que a rede seja usada apenas para esse fim.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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