PF faz operação contra doleiros que usavam criptomoedas para anonimizar transações

Agentes cumpriram mandados em três municípios no estado de São Paulo.

A polícia federal (PF) fez uma operação em municípios do Estado de São Paulo contra cinco doleiros que faziam uso de criptomoedas para anonimizar transações.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 9.ª Vara Federal de Campinas, sendo três deles cumpridos nesta cidade. Outro mandado levou agentes a São Paulo capital, enquanto o último suspeito estava na cidade de Indaiatuba.

A operação foi deflagrada para reprimir crimes contra o sistema financeiro, evasão de divisas, lavagem de dinheiro.

O delegado da PF em Campinas, Edson Geraldo de Souza, disse em coletiva que a ação começou em 2019, quando materiais foram apreendidos em posse de outro esquema encerrado, sendo esta a décima operação nos últimos dois anos na região.

PF deflagra operação contra doleiros que utilizaram pequena parte do dinheiro para fazer lavagem com criptomoedas

Segundo a PF, “as operações envolviam movimentação de moeda no estrangeiro por meio do processo conhecido como dólar-cabo, além de câmbio de moeda em território nacional, uso de empresas de fachada, operações de importações fictícias e direcionamento de capital para empresa que atua com criptomoedas“.

Em uma das movimentações atípicas detectada pelos investigadores, uma empresa de fachada com sede em um endereço residencial e com capital social de apenas R$ 20 mil, movimentou sozinha R$ 30 milhões, em apenas seis meses. Além dessa, outras transações suspeitas foram detectadas em diversas partes do Brasil.

O delegado Edson da PF em Campinas disse que o objetivo da operação foi eliminar o sistema paralelo de doleiros que existe, que lava dinheiro e evade as divisas do país. A maior parte do esquema do grupo era operado em empresas de fachada, como drogarias, entre outras, que lavavam o dinheiro.

Delegado da PF acredita que uso das criptomoedas foi para anonimizar transações

O delegado responsável pela operação da PF declarou que o uso das criptomoedas pelos doleiros era uma forma de anonimizar as transações, em uma tentativa de proteger a identidade das pessoas por trás do esquema. A transferência para plataformas de criptomoedas foi feita em cerca de R$ 1 milhão, destacou o investigador.

“Uma das coisas também detectadas além da evasão de divisas pelo sistema dólar cabo, além das exchanges que é uma forma de câmbio interno, eles utilizaram a transferência de quase R$ 1 milhão para plataforma de criptomoeda, que é uma forma de anonimização, ou seja, uma forma de ocultar os titulares, uma forma de transferir dinheiro sem ser percebido da forma usual.”

Outra técnica utilizada pelos suspeitos foi o uso de cartão de crédito pré-pago, que recebiam valores de R$ 100 mil para permitir o gasto dos dinheiros sem identificação.

Às cinco pessoas alvos da operação estavam em suas residências, mas três empresas de fachada já foram detectadas. A PF espera agora entender quais eram os clientes do esquema, que movimentou uma alta quantia de dólares nos últimos anos, principalmente para os continentes asiático e norte-americano.

Segundo nota da PF, o nome da Operação Dollaro Bucano faz referência à prática ilegal de operar o câmbio, significando em italiano “dólar de lavanderia”.

Caso os suspeitos pelas práticas consideradas ilegais no país sejam condenados, eles deverão pegar até 10 anos de prisão com as penas somadas.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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