Província da China vai banir mineração de Bitcoin por causa do impacto ambiental

Quanto mais o governo da China "apertar" o Bitcoin e a mineração de criptomoedas, mais o ecossistema se adapta e evolui.

A emissão de gases de carbono é uma grande preocupação atualmente, sendo classificado como o principal causador do efeito estufa e um dos motivos do aquecimento global. O Bitcoin tem um certo dilema em relação a sua pegada de carbono no mundo, um debate bem antigo dentro do mercado. A Mongólia Interior, província independente chinesa, decidiu banir a mineração de Bitcoin devido a preocupações com o impacto ambiental da moeda.

Aos poucos a China se torna a região com maior número de industrias e com maior poder industrial no mundo, mas isso vem com o preço do aumento da emissão de gases na região. Há anos a China luta contra esse tipo de poluição, com algumas cidades da região asiática tendo as piores qualidade de ar no mundo.

A proibição da mineração de criptomoedas na região da Mongólia Interior vem dos esforços da China de se adequarem as metas traçadas para a diminuição de emissões de carbono pelas suas industrias.

O governo local não está proibindo apenas a mineração das criptomoedas, já que as mudanças anunciadas para diminuir o consumo de energia vão afetar diretamente outros setores, como foi falado por Wu Blockchain, perfil no Twitter focado em notícias do criptomercado chinês.

“A Mongólia Interior está exigindo que todos os projetos de mineração de criptomoedas sejam fechados até o fim de Abril. Por causa do comprometimento com a diminuição da emissão de gases no mundo, a mineração de energia térmica na Mongólia Interior e Xinjiang vai ser afetada consideravelmente.”

De acordo com fontes locais, a Comissão de Desenvolvimento e Reforma da Mongólia Interior, o Ministério da Industria e da Tecnologia da Informação e outros órgãos ficaram responsáveis por fazer o projeto de lei, ainda em fase de elaboração. O projeto ficará aberto para feedback do público até o dia 3 de março, de acordo com Wu Blockchain.

No atual estado do projeto de lei, as autoridades exigem que os projetos existentes de mineração de criptomoedas sejam removidos totalmente da região. Além disso, a construção de projetos futuros podem ser banidos totalmente.

Cerco contra mineradores começa a diminuir na China

A região da Mongólia Interior não é muito amigável com os mineradores de criptomoedas, de acordo com o site Crypto News Flash. Em outras regiões como Sichuan a mineração é considerada parte da indústria local, assim como em Xinjiang. No entanto, o recente projeto de lei afetará a região de Xinjiang e consequentemente pode afetar a mineração de criptomoedas em outras regiões onde o setor tem força.

Isso pode fazer com que haja uma mudança do foco de mineração na China para outros países com energia barata e menos regulamentações ou então com novas soluções.

A energia gasta pelo Bitcoin, que já é maior que o gasto pela Argentina de acordo com alguns estudos, é realmente um ponto importante a ser discutido e com certeza é algo que vai mudar a localização geográfica do hashpower de toda a rede.

Dificilmente a mineração será afetada a um ponto que vai prejudicar a rede, já que ela é capaz de se adaptar e com certeza ganhará suporte em países diferentes e com energia verde.

Outros países, como os Estados Unidos, estão tentando distribuir melhor a mineração da moeda e diminuir a centralização do hashrate. No fim das contas, quanto mais o governo da China “apertar” o Bitcoin e a mineração de criptomoedas, mais o ecossistema se adapta e evolui.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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