RNP participa da criação de rede blockchain na América Latina

Acordo regional para potencializar adoção da tecnologia.

A Rede Nacional e Ensino e Pesquisa (RNP) no Brasil vai ajudar a criar uma rede blockchain entre vários países da América Latina, com foco em melhorar a educação nos locais.

Assinaram acordo as instituições CEDIA (Equador), CUDI (México), RAGIE (Guatemala), RAU (Uruguai), RedCONARE (Costa Rica), REUNA (Chile), RENATA (Colômbia), REDNESAH (Honduras), RNP (Brasil), RUNBA (Nicarágua) e RedCLARA.

Ou seja, a iniciativa regional pretende ampliar os esforços educacionais na América Latina, com uso de uma tecnologia de ponta, que é a blockchain, criada na prática a partir do surgimento do Bitcoin, em 2009.

RNP do Brasil vai ajudar a criar blockchain da América Latina

A RNP é uma instituição pioneira no Brasil, sendo a primeira a trazer a internet para o país. Hoje veiculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ela promove estudos sobre diversos assuntos de tecnologias disruptivas que estão em destaque pelo mundo.

É claro que com isso a blockchain já despertou o interesse da instituição, que já promoveu vários eventos públicos no Brasil com especialistas do setor. Ou seja, o interesse na blockchain, que já é reconhecida no país como uma tecnologia de estratégia digital, segue crescendo.

Na última terça-feira (15), a RNP foi além e divulgou publicamente que faz parte de uma rede blockchain acadêmica na América Latina, mostrando que os esforços serão em países vizinhos na região também.

O anúncio foi feito em um evento transmitido pela RedCLARA, que é responsável por conectar redes acadêmicas na América Latina.

Quais os benefícios de se ter uma blockchain acadêmica?

Durante o evento, os representantes de cada instituição explicaram sua visão sobre o que entendem da nova blockchain acadêmica e quais os benefícios dessa. Ela terá aplicações em universidades e centros de pesquisa da América Latina, conectando todo esse ecossistema que hoje não conversa diretamente.

Um dos que falaram no evento foi Andres Moya, pesquisador de informática e computação pela Universidade de la Serena, no Chile, que acredita que a blockchain é um instrumento potente de transformação digital para sua instituição.

“Blockchain irá permitir que as universidades consigam cuidar da identidade digital dos membros de sua comunidade. Ou seja, teremos a segurança e a certeza de que o que estamos construindo tenha validade ou certificação em algum lugar”.

Já o brasileiro Rodrigo Azevedo, gerente de serviços da RNP, apresentou para os participantes uma iniciativa do país chamada Diploma Digital. Com essa ferramenta que utiliza a tecnologia blockchain, é possível registrar, autenticar e preservar diplomas emitidos em instituições de ensino superior no Brasil, evitando fraudes nesses tipos de documentos.

De qualquer forma, o caso mostra que além de aderir a blockchain no Brasil, as instituições públicas brasileiras seguem firmando acordos internacionais para expandir o uso dessa.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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