Em meio a preocupações em relação à mineração de Bitcoin, a questão ambiental da criptomoeda é uma das suas principais críticas. No entanto, enquanto muito se é pesquisado sobre isso, um novo estudo aponta que o Bitcoin é muito mais verde do que inicialmente pensado.
Um recente estudo feito por uma empresa focada em pesquisas na rede Bitcoin, a Batcoinz, aponta que o impacto de emissão zero da rede Bitcoin aumentou em 41% desde março passado e atingiu a marca de 62%. Além disso, a pesquisa também afirma que o uso de fontes negativas em carbono cria um impacto de -4,2% na rede Bitcoin.
O termo carbono positivo indica que uma fonte de energia emite carbono ao gerar energia elétrica. Já carbono-neutro ou livre de carbono é um indicativo de que a energia está sendo criada por métodos que não liberam carbono na atmosfera.
Já o carbono-negativo representa a produção de energia que beneficia o meio ambiente e, de diferentes maneiras, pode ajudar a remover carbono da atmosfera ou cancelar emissões ao produzir energia.
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Em cerca de um ano Bitcoin se tornou majoritariamente neutro em carbono
Segundo os dados analisados, em março de 2021, 59% da rede global de Bitcoin era positiva em carbono e apenas 41% neutra em carbono. No entanto, curiosamente acompanhando a crise do preço, desde então esse cenário mudou consideravelmente.
Em junho de 2022, pouco mais de um ano após os dados inicias, a produção de carbono da rede global do Bitcoin caiu para 38%, enquanto o uso de energia livre de carbono atingiu 58%.
A rede começou também a ter um impacto positivo maior no meio ambiente já que 1,57% da rede passou a utilizar fontes carbono-negativas, o que gerou um impacto negativo de 4,2% na intensidade carbônica da rede.
A Arcane Research realizou pesquisas similares que também mostram um Bitcoin menos nocivo ao meio ambiente que o anteriormente pensado. O estudo revelou que a necessidade de energia da mineração de Bitcoin diminui gradualmente a cada halving.
O relatório explica que o preço do Bitcoin provavelmente aumentará mais lentamente do que o halving da recompensa por blocos, o que reduzirá os requisitos de energia.
“A menos que o Bitcoin atinja US$ 650 mil em 2040, diz o relatório, o consumo de energia do Bitcoin não será maior do que suas taxas atuais.”
Bitcoin mais verde que outras indústrias
Um estudo da DePaul University de Chicago comparou a indústria do ouro e o Bitcoin. Os resultados mostraram que a indústria do ouro consumiu cerca de 265 Terawatts por hora (TW/h) anualmente e liberou 145 toneladas de carbono no ambiente.
Em comparação, a pesquisa calculou que o Bitcoin usou 113 TW/h de energia todos os anos e liberou cerca de 70 toneladas de carbono na atmosfera.
Da mesma forma o mesmo estudo também incluiu dados do setor bancário. Os números mostraram que o consumo anual de energia do setor é de cerca de 700 TW/h, enquanto libera 400 toneladas de carbono por ano.
Vale mencionar que há muito mais por trás dessa discussão e essas comparações possuem várias camadas a serem argumentadas. No entanto, é importante que pesquisas assim sejam realizadas para ajudar a aumentar o conhecimento sobre o verdadeiro impacto ambiental do Bitcoin.