O Financial Conduct Authority (FCA), órgão regulador do Reino Unido, anunciou nesta quinta-feira (3) que abriu 300 processos relacionados a negócios não registrados. No comunicado, o FCA alerta que muitos deles podem ser golpes envolvendo criptomoedas.
Indo além, o órgão fiscalizador também aponta ter recebido 16.400 consultas sobre possíveis golpes. Além de criptomoedas, os criminosos também golpes envolvendo a falsa promessa de retorno de perdas financeiras.
Através de uma página chamada ScamSmart, o FCA tenta educar os cidadãos britânicos para que os mesmos não caiam em golpes. Embora o banco de dados contenha diversas empresa, o órgão alerta que caso uma empresa não esteja ali listada, não é sinônimo de confiável.
Novas tecnologias, velhos golpes
Sendo uma moeda incensurável, o Bitcoin atraiu a atenção de muitas pessoas ao longo de seus treze anos de história. Além disso, outros também buscam investir nessa e em outras criptomoedas devido aos seus históricos de preços crescentes.
Entretanto, a falta de preparo técnico de alguns possíveis investidores também chamou a atenção de criminosos. Oferecendo retornos garantidos ou oportunidades imperdíveis, seus objetivos são apenas enganar outros e roubar seu dinheiro.
Na nota postada nesta quinta-feira (3), o Financial Conduct Authority (FCA) aponta ter aberto 300 processos relacionados a empresas que não tem permissão para atuar no Reino Unido. Destacando que muitas delas podem ser golpes.
Através de uma página chamada ScamSmart, o FCA permite que usuários realizem pesquisas sobre empresas, mostrando seu estado legal. Indo além, o órgão também afirma que caso o investidor negociar com uma empresa não regulamentada, ele não terá nenhum apoio legal por parte do governo.
Ao pesquisar pelo termo “Bitcoin”, por exemplo, o site retorna empresas não-autorizadas que possuem este termo em seu nome. Como mostrado na imagem abaixo, tais empresas possuem diversas abordagens para fisgar clientes, como mineração e negociação de criptomoedas.
Além destas cinco mostradas acima, o FCA afirma que já registrou 300 empresas a serem evitadas por potenciais investidores. Bem como afirma ter recebido cerca de 16.200 consultas de prevenção.
Já em outra página, da International Organization Of Securities Commissions (IOSCO), é possível encontrar tais dados em formato de lista. Um pouco mais extensa, esta lista conta com 443 negócios suspeito e também apresenta dados de outros órgãos, como do Banco Central da Irlanda e da CVM da Espanha.
Entretanto, o FCA alerta que embora uma empresa não esteja listada ali, isso não significa que ela esteja operando legalmente. Afinal, golpistas pulam de um golpe para outro assim que o antigo for descoberto.
Finalizando, o comunicado também nota que criminosos estão utilizando nome de empresas reais e legítimas, chamadas “empresas clones”, dificultando ainda mais a vida de quem deseja investir embora não possua nenhum conhecimento deste mercado.
Conforme tais golpes são comuns no mundo inteiro, inclusive no Brasil, a recomendação é que o estudo venha antes do investimento, fazendo-o apenas quanto estiver seguro sobre o que está fazendo.