A Universidade de Cambridge, terceira mais antiga em funcionamento no Reino Unido, revelou um novo estudo que aponta que o consumo de eletricidade do bitcoin é menor do que eles previam anteriormente. A revelação ocorreu no dia 31 de agosto de 2023, após um estudo na universidade detectar erros no modelo.
Com uma equipe dedicada a identificar o consumo de eletricidade do bitcoin nos últimos anos, os estudos da universidade já ganharam repercussão mundial. Entre os críticos, os dados apresentados confirmavam a necessidade de banir o bitcoin por seu consumo elétrico.
Já entre os apoiadores, o estudo revelada uma oportunidade de se investir mais em fontes de energia renováveis de longo prazo, para tornar a mineração de bitcoin mais sustentável.
Com a revisão dos dados, tudo indica que desde 2021, o consumo elétrico de bitcoin foi menor que o previamente estimado, uma boa notícia para os fãs.
Cambridge atualiza metodologia de medir o consumo de eletricidade da mineração de bitcoin: “erramos, era menor”
Lançado em 2019, o Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI), passou por sua primeira revisão desde o lançamento.
Com a publicação em seu blog oficial, a Cambridge mostrou o que motivou a revisão do modelo, e quais os resultados obtidos. Inicialmente, a equipe de pesquisadores da universidade pública entendeu que a nova revisão era necessária, visto que o antigo modelo superestimava o consumo de eletricidade da mineração de bitcoin.
Com os novos dados revisados, o maior impacto se deu no ano de 2021, mas também em 2022 e 2023 (até o dia 15 de agosto). A universidade inglesa agora aponta que o consumo do bitcoin equivale a 0,38% da capacidade de produção global, ou o mesmo que o consumo total de países como Bélgica e Holanda.
O novo CBECI ajustado será o modelo oficial de Cambridge para seguir avaliando o consumo elétrico do bitcoin, mas a revisão mostrou um compromisso dos pesquisadores com identificar e corrigir erros no futuro.
Cambrigde já havia elogiado a diversificação de fontes de energia do bitcoin
Em 2022, Cambrigde havia elogiado o bitcoin ao avaliar as fontes de abastecimento da rede.
Na ocasião, os responsáveis pelo índice declararam que o bitcoin tem várias fontes de energia renováveis em sua cadeia de produção, consumindo menos energia até que a produção de ouro.
Com o novo modelo ajustado, a mineração de bitcoin agora poderá caminhar com dados sólidos rumo a um futuro mais sustentável, em busca de mais fontes e diminuindo seu consumo com equipamentos cada vez mais eficientes.