A BingX, famosa corretora de criptomoedas, voltou a processar saques de todas as criptomoedas oferecidas em sua plataforma nesta terça-feira (8). Segundo comunicado oficial, até então apenas algumas moedas estavam disponíveis.
Os pedidos de saque foram travados após a corretora sofrer um hack estimado em R$ 284 milhões no dia 20 de setembro. Na data, a BingX informou que os fundos dos clientes estavam a salvo e que os saques seriam liberados em até 24 horas.
Cumprindo sua promessa, a corretora liberou saques de USDT, USDC, BTC, ETH, TRX, XRP e SOL já no dia seguinte, 21 de setembro. No entanto, retiradas de outras criptomoedas continuavam indisponíveis.
BingX libera saques para mais de 600 criptomoedas
Dados do CoinMarketCap apontam que a BingX é uma das 15 maiores corretoras de criptomoedas do mundo por volume de negociação à vista. No entanto, uma falha de segurança resultou em um dos maiores hacks do ano, fazendo-a pausar saques até que o problema fosse averiguado e corrigido.
Ainda no dia 29 de setembro, a corretora voltou a processar saques de 129 criptomoedas, incluindo nomes como Toncoin (TON), BNB, Worldcoin (WLD), Shiba Inu (SHIB) e outras famosas.
Já nesta terça-feira (8), a BingX anunciou que mais de 600 criptomoedas já podem ser retiradas normalmente da plataforma.
“Estamos comprometidos em garantir uma transição tranquila e faremos o nosso melhor para minimizar quaisquer interrupções. Agradecemos pela sua compreensão e cooperação”, escreveu a corretora, dizendo que seu suporte está pronto para sanais quaisquer outras dúvidas.
BingX fala sobre hack
Em outro comunicado, a BingX publicou respostas sobre perguntas frequentes sobre o hack sofrido no fim de setembro. Segundo o texto, o ataque foi limitado a apenas uma de suas carteiras quentes e não teve impacto em outras funcionalidades da plataforma.
“Iniciamos uma investigação em larga escala sobre como esse incidente ocorreu e estamos colaborando com os melhores especialistas em segurança para analisar o ocorrido de forma minuciosa.”
“Em resposta, já implementamos várias melhorias críticas de segurança, incluindo o fortalecimento de nossos mecanismos de proteção de carteira, o reforço de nossos sistemas de detecção de ameaças e a atualização de nossas capacidades de monitoramento em tempo real”, disse a BingX sobre medidas de segurança futuras.
Independente do incidente, a reabertura dos saques é um sinal de que a corretora operava com reservas de sobra, absorvendo todo prejuízo causado pelos hackers.
Segundo prova de reserva vista no CoinMarketCap, hoje a BingX detém US$ 342 milhões (R$ 1,9 bilhão) em ativos em suas carteiras, sendo a maioria em USDT (66,2%), Bitcoin (18,2%) e Ethereum (10,2%).