Ataques hackers no Pix têm afetado vendedores de bitcoin brasileiros

Onda de ataques hackers contra instituições financeiras têm ocupado noticiários e mostrado porta aberta para golpistas

A nova onda de ataques hackers que assola instituições financeiras ligadas ao Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) tem afetado também o mercado de vendedores de bitcoin brasileiros, chamados de P2P.

Isso porque, as corretoras de criptomoedas e os P2Ps são uma dentre as várias rotas que hackers buscam para lavagem de dinheiro. A Carbono Oculto, uma operação recente mostrou que nem as empresas do mercado financeiro passaram impunes de terem uma utilização como meio de lavagem de dinheiro por criminosos.

Além disso, hackers costumam utilizar as “contas de passagem” criadas em nomes de laranjas para movimentar valores. Empresas de fachada, joias, carros e imóveis também ocupam outras pontes da chamada lavagem de dinheiro.

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Contudo, no caso dos vendedores de criptomoedas no Brasil, os hackers os procuram após passar o dinheiro por dentro do sistema financeiro. Ou seja, mesmo com o processo de Conheça seu cliente (KYC em inglês), os vendedores operam com medo de novos clientes.

“Sensação de que o Pix está comprometido”, diz P2P ouvido por reportagem

Desde julho de 2025, o Brasil começou a perceber as falhas no SPI com a invasão da C&M Software, uma empresa conectada do Banco Central que teve valores extraviados de alguns clientes.

Para um P2P de criptomoedas que conversou com a reportagem sob a condição de anonimato, há uma sensação entre operadores de bitcoin e criptomoedas que há um comprometimento mais grave no sistema do Pix.

O banco central realizou uma coletiva de imprensa na sexta-feira (5) e negou problemas maiores, mas restringiu movimentações em Pix para valores máximos de R$ 15 mil por transação.

Além disso, as novas regras do Bacen obriga que fintechs se tornem empresas reguladas ou encerrem suas atividades. Para o vendedor de bitcoin ouvido pela reportagem, os hackers estão correndo contra o tempo para roubar o máximo que puderem das possíveis brechas encontradas, mesmo com as novas regras do regulador.

“Recebi valores de uma pessoa verificada e solicitaram MED relacionando com fraude”, diz vendedor

Em conversa com a reportagem, outro P2P que prefere não se identificar apontou que passou por uma transação inconveniente com uma pessoa verificada. De acordo com ele, a transação chegou em sua conta após passar por mais de 10 pessoas, mas por ter relação com a fraude, entrou na mira do sistema MED do banco central.

Os golpistas não estão para brincadeira e levam perigo para quem opera em qualquer mercado financeiro hoje“, disse o P2P.

Vale destacar que os P2Ps seguem reforçando suas medidas de proteção e compliance desde o ataque a C&M em julho.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.
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