Estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveram uma plataforma baseada em blockchain que ajuda profissionais da saúde a identificar o grau de exposição ao coronavírus.
Por causa da iniciativa, o mestrando em Engenharia Mecânica Ruan Comelli e os alunos da graduação em Engenharia Eletrônica Kauê Cano e Matheus Tosta foram premiados em duas competições internacionais.
Na Planet Wide SOS Hackathon, eles ficaram em primeiro lugar. Já na COVIDathon – Decentralized AI Hackathon, eles alcançaram o segundo lugar. Ambas as competições foram promovidas pela Devpost, uma plataforma que ajuda engenheiros de software a participar de hackathons.
O que faz a plataforma baseada em blockchain que ajuda a combater o coronavírus?
O projeto criado por eles é baseado em blockchain e inteligência artificial. Chamada de Immuno Lynk, a plataforma auxilia profissionais na linha de frente da Covid-19 a monitorarem suas condições de saúde.
Conforme o projeto, o profissional de saúde basicamente precisa inserir na plataforma questionários sobre estado de saúde e exposição ao coronavírus, além de testes de anticorpos.
Ao serem inseridos, esses questionários e testes são processados por uma rede de inteligência artificial. Essa rede é capaz de interpretar os resultados tão bem quanto médicos bem treinados, disse o estudante Ruan Comelli ao site da UFSC.
“Tanto os questionários quanto os testes são processados por modelos de inteligência artificial desenvolvidos pela equipe. Como saída desse processamento, o usuário obtém uma estimativa de quando ele deve fazer um novo teste, bem como uma avaliação da sua imunidade”.
Ainda segundo Renan, a plataforma fornece estimativas dos possíveis riscos a que os profissionais estão submetidos. Vale reforçar que, por causa da tecnologia blockchain, o aplicativo garante a privacidade e a segurança dos dados.
Plataforma em blockchain também ajuda gestores de saúde
Além de ajudar o próprio profissional a monitorar sua saúde, a plataforma baseada em blockchain também é uma ferramenta para gestores de hospitais, clínicas e outros centros.
Isso porque eles têm acesso a uma interface com as informações de imunidade à Covid-19 dos trabalhadores, disponibilizadas de acordo com as legislações de privacidade e sigilo.
“Com base nisso, as organizações podem tomar decisões importantes como o afastamento ou a realocação de profissionais, assim como podem pedir o retorno de empregados que se mostrem imunes”, disse Renan ao site da UFSC.
A descrição da plataforma de blockchain que ajuda a combater o coronavírus pode ser encontrada neste link. Já a interface do projeto pode ser vista aqui.
Covid-19 já tirou a vida de 65 mil pessoas no Brasil
Até a noite da segunda-feira (6), 65.487 pessoas perderam a vida no Brasil por causa do coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde. Foram 620 mortes só nas últimas 24 horas.
Ainda de acordo com o órgão, o número de pessoas infectadas com a doença no país chegou a 1,6 milhão. Do total de infectados, 927 mil já se recuperaram e 630 mil ainda estão em acompanhamento.