O Holocausto, o genocídio de judeus cometido durante o 3ª Reich entre as décadas de 30 e 40 foi um dos momentos mais obscuros da humanidade e uma parte da nossa história que deve ser lembrada para nunca mais ser repetida. Para garantir que esse momento esteja sempre marcado, um projeto decidiu registrar os testemunhos de sobreviventes na blockchain, aproveitando da imutabilidade dessa nova tecnologia.
De acordo com o The Jurusalem Post, o projeto está sendo liderado por Jonathan Dotan, um produtor e escritor conhecido no Vale do Silício. A ideia é usar a tecnologia de ledger distribuído e blockchain para efetivamente armazenar, distribuir e verificar os testemunhos de sobreviventes do holocausto de forma automatizada.
Para Dotan há uma grande necessidade de preservar os testemunhos, sendo uma importante ferramenta de conhecimento e também contra o negacionismo desse período.
“Graças a disposição de alguns dos últimos sobreviventes de dividir suas histórias nós ganhamos um grande presente: A chance de trazer a guerra de volta ao foco ao vê-la através de suas experiências. Memórias históricas de atrocidades como o genocídio são importantes de serem preservadas para não repetirmos os mesmos erros.”, disse Dotan.
Para o desenvolvedor do projeto, essa digitalização na blockchain vai servir como uma fonte educacional para a eternidade. Para ajudar nessa importante missão, Dotan escolheu as blockchains da Hedera Hashgraph e Filecoin, através da Starling Network. A iniciativa tem apoio também da USC Shoah Foundation, que foi fundada por Steven Spielberg e criptógrafos de Stanford.
A Starling Network oferece toda a tecnologia necessária para o armazenamento, distribuição e verificação de testemunhos graças a segurança e transparência da blockchain. Mas ainda mais importante: Com a blockchain não haverá nenhuma entidade (governamental ou não) capaz de alterar o que for armazenado na cadeia de blocos.
Apesar de ter sido um dos momentos mais marcantes e tristes da história, muitos fatos sobre a Segunda Guerra Mundial já foram esquecidos e em alguns momentos são até mesmo negados como sendo algo real.
Para se ter uma ideia, de acordo com o Jerusalem Post, uma pesquisa realizada em 2020 concluiu que 1 em cada 10 adultos com menos de 40 anos nem sequer ouviram a palavra “Holocausto” na vida.
A pesquisa também apontou que entre os millennials e a geração Z há muita incerteza sobre o genocídio e os fatos por trás dos eventos. Cerca de 20% desse grupo etário em Nova Iorque acreditavam que os judeus causaram o holocausto.
No atual momento do mundo, a preservação de dados verdadeiros vem se tornando cada vez mais essencial para o nosso desenvolvimento.