O Bitcoin SV liberou uma nota pública onde afirma que está procurando a possível identidade por trás do recente ataque em sua rede.
Nos últimos dias foram detectados vários ataques cibernéticos contra a Bitcoin SV. O projeto acabou vendo várias criptomoedas sendo roubadas pelo atacante, que conduziu com sucesso várias reorganizações da blockchain, processo conhecido como ataque 51%.
Nesta quinta-feira (15), a Bitcoin Association, que mantém o controle da rede, liberou um FAQ para os interessados em compreender os detalhes do ocorrido. Até processos na justiça foram prometidos contra os responsáveis.
Bitcoin SV identifica apelido de quem é o responsável pelo ataque contra sua rede
O custo estimado de se atacar a rede Bitcoin SV hoje é de cerca de US$ 5 mil por hora. Ou seja, com R$ 25 mil uma pessoa pode atuar maliciosamente até conseguir reorganizar toda a blockchain da criptomoeda e perpetuar gastos duplos.
Essa realidade acaba sendo humilhante para a criptomoeda que afirma ser o “verdadeiro Bitcoin”.
Assim, a Bitcoin Association afirmou que está tomando medidas para evitar que novos ataques sejam feitos contra sua estrutura. O setor jurídico da associação também está se preparando para ingressar com processos em várias jurisdições contra o ator malicioso.
A suspeita acabou caindo sobre um apelido de “ZuluPool”, que foi possivelmente o causador do devastador ataque na rede. Devido a isso, praticamente todas as corretoras já interromperam o suporte a depósitos da criptomoeda.
“Nesse estágio, nem a Bitcoin Association nem a equipe de infraestrutura do Bitcoin SV podem confirmar a identidade ou identidades exatas dos atacantes. A parte maliciosa está realizando seus ataques sob o apelido de ‘Zulupool’.
Há um ZuluPool que minera na rede Hathor
Na nota de esclarecimento da Bitcoin SV, a associação afirmou haver um minerador chamado ZuluPool identificado há algum tempo, mas eles ainda não acreditam que seja a mesma pessoa.
Não acreditamos que o agente malicioso seja o mesmo ‘Zulupool’ que há muito está associado ao minerador de Hathor com o mesmo nome. Em vez disso, acreditamos que o atacante está se passando por ‘Zulupool’.”
Vale o destaque que a Hathor, criptomoeda brasileira, utiliza a mineração Proof-of-Work, similar ao Bitcoin e, consequentemente, ao Bitcoin SV.
Por fim, a Bitcoin Association afirma que o último ataque contra a rede foi no dia 9 de julho, mas o alerta segue na equipe, que monitora em tempo real as atividades para evitar que novos problemas aconteçam.
No entanto, não está claro quando as corretoras irão liberar o suporte a essa rede, comprometida várias vezes nos últimos dias.