Uma mulher brasileira pediu o registro de uma marca chamada “Empiricus Token“, associando assim o nome da empresa do mercado financeiro brasileiro com uma eventual emissão de um ativo digital.
Por token entende-se a criação de uma criptomoeda lastreada em algum ativo, que pode ser qualquer coisa. Recentemente, chamou a atenção do mundo quando Messi recebeu tokens do PSG como parte do novo contrato com o Paris Saint-Germain, mostrando que esta tecnologia já está presente em vários formatos.
Há alguns anos, contudo, a casa de análise do mercado financeiro tradicional começou a realizar estudos sobre as criptomoedas. Assim, muitos seguidores da Empiricus começaram a investir em alguns projetos de moedas, indicadas pelos analistas do local.
“Empiricus Token” tem pedido de registro no INPI
O pedido de registro da marca Empiricus Token foi feito no último dia 12 de agosto, sem definir um procurador junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) no Brasil.
Nesta terça-feira (31), o pedido acabou sendo publicado pelo INPI na Revista de Propriedade Intelectual e o processo agora deverá aguardar 60 dias para manifestação de oposição ao registro.
“Chaves criptográficas baixáveis para receber e gastar criptomoedas; Hardware de computador; Máquinas de calcular; Placa [hardware] para telecomunicação; Placas de circuito impresso; Tokens de segurança [dispositivos de criptografia]”.
Vale o destaque que uma mulher pediu o registro da marca, contudo, a Empiricus contou brevemente ao Livecoins que não há nenhuma relação da empresa do mercado financeiro com esse possível ativo que poderá circular no mercado brasileiro.
“Este token não tem nenhuma relação com a Empiricus.”
Após publicação da matéria, a empresa por trás do token entrou em contato com o Livecoins e confirmou que o ativo digital não tem relação com a Empiricus.
“Não associamos a EmpiricusToken com nenhuma empresa financeira do Brasil ou de qualquer outro lugar do mundo, visto que seu nome é a associação de duas palavras de uso comum e que resume bem as essências de suas atividades de tokenização.” – diz a nota.
A empresa disse também que não pediu registro da marca junto ao INPI e que tomará medidas jurídicas.
“Desconhecemos pedidos de registro da marca que não tenha sido realizado pela equipe de desenvolvimento do projeto. As devidas providências já estão sendo tomadas em conjunto com o departamento jurídico a fim de solucionar o ocorrido com a máxima brevidade.”
Apenas o pedido de registro não deixa claro mais informações sobre a tecnologia do “Empiricus Token”, assim como a motivação para criar essa representação. Mesmo assim, não está claro se será possível o registro dessa marca visto que é similar ao de uma empresa já conhecida no mercado e faz parte do BTG Pactual.
Recentemente, alguém criou um token do Mercado Livre, pouco tempo após a empresa anunciar que havia comprado Bitcoin pela primeira vez. Na ocasião, a empresa informou que o novo ativo não era oficial e que as pessoas deveriam tomar cuidado com o uso da imagem da empresa.
“O Mercado Livre confirma que a criptomoeda e o token com o nome da empresa não são de conhecimento da companhia, e que não endossa qualquer transação com as mesmas.”
Por fim, esses casos mostram que investidores devem tomar cuidado com novos produtos que surgem no mercado de criptomoedas, mesmo quando associados ao nome de grandes empresas.
