O Bitcoin viveu uma semana marcante no mercado financeiro. Nos dias 10 e 11 de julho, os fundos negociados em bolsa (ETFs) focados na criptomoeda captaram mais de US$1 bilhão por dia, elevando o volume total administrado para além de US$160 bilhões. Só o IBIT, fundo da BlackRock, responde por quase US$ 81 bilhões desse montante. Esse fluxo maciço de capital institucional elevou a confiança no ativo e abriu espaço para a disparada que se seguiria.
No ambiente macroeconômico, declarações de Donald Trump sobre novas tarifas e a necessidade de cortes agressivos de juros agitaram os mercados globais, trazendo forte oscilação aos contratos futuros de títulos e ao dólar. Paralelamente, um pacote fiscal norte‑americano, recheado de incentivos e desonerações, vem aumentando a liquidez disponível e, ao mesmo tempo, expandindo a dívida pública. Para muitos investidores, o
Bitcoin reaparece como proteção diante da perda de valor do dólar.
Outro ponto relevante foi a realização da Crypto Week, evento que reuniu reguladores, gestores e grandes players do setor. O encontro consolidou a postura favorável da SEC aos produtos cripto regulados e reacendeu o debate sobre governos adotarem o Bitcoin como reserva estratégica.
O resultado desses movimentos foi um marco histórico: o preço do BTC rompeu o antigo teto e atingiu US$123,2 mil, elevando a capitalização total do mercado de criptomoedas para US$3,44 trilhões.
Qual o cenário para os próximos dias?
A análise técnica aponta para um mercado ainda construtivo. A expectativa é de que o BTC mantenha o suporte em torno de US$ 116 mil, com potencial para buscar os US$ 126 mil ao longo do ano. Se houver um fechamento consistente acima desse patamar, o próximo alvo fica entre US$126 mil e US$ 133mil. Uma queda abaixo da zona de suporte entre US$108 mil e US$110 mil poderia levar a recuos até US$101 mil, mas sem comprometer a tendência de valorização de longo prazo.
E as altcoins?
Com a dominância do Bitcoin recuando do nível-chave de 62,5%, outras criptomoedas começam a ganhar terreno. Enquanto a dominância permanecer acima de 59,56% e o BTC se sustentar entre US$112 mil e US$105 mil, o ambiente segue positivo para as altcoins, que tendem a apresentar melhor desempenho nesse intervalo de estabilidade do mercado principal.
Quando o Ethereum entrará em uma alta anual?
O Ethereum começa a sinalizar força para romper a tendência de baixa anual, trazendo novas expectativas e emoção para os investidores do segundo maior ativo digital do mercado.
A participação do ETH frente às altcoins, que estava estabilizada em torno de 26%, já busca o primeiro objetivo em 28,57%, enquanto desafia uma tendência de baixa mensal que completa um ano desde junho de 2024.
A confirmação virá a partir do rompimento dos US$3,2 mil, nível que decretaria oficialmente o início de uma nova fase de alta para o ativo.
Nos gráficos de curto prazo, a faixa entre US$2,6 mil e US$ 2,8 mil será a principal zona de defesa do Ethereum contra a tendência de baixa de longo prazo. Um rompimento consistente desses níveis pode abrir caminho para alvos em US$3,5 mil e US$4,1 mil, consolidando o ETH como protagonista no mercado.