O mercado de tecnologia voltado para distribuição de ativos digitais conta com uma nova frente. A Átris, chega para oferecer soluções para a criação e gestão de infraestrutura de bolsas de tokens.
O fundador da Átris é Rodrigo Batista. Administrador de empresas formado pela USP, trabalhou por vinte anos no mercado financeiro tradicional e durante sua passagem pelo banco Morgan Stanley, criou a exchange de negociação de criptomoedas Mercado Bitcoin, em 2013.
Foi o CEO e acionista controlador da empresa até 2018, quando a vendeu. Pouco tempo após a venda, Batista iniciou a construção do que hoje é Átris.
“A Átris opera um conjunto de tecnologias que permite criar bolsas para negociar tokens de diferentes mercados, emitidos nos principais blockchains. Com as novas possibilidades criadas com blockchain e com os mercados de ativos digitais sendo regulados no mundo todo, a demanda por novas bolsas vai explodir, mas tecnicamente elas são soluções difíceis de se construir. Esse é o problema que resolvemos.”, diz Renato Martins, cofundador e CTO da startup.
Para construir sua infraestrutura, a Átris auxiliou a NASDAQ a adaptar seus sistemas de negociação para os mercados de tokens e criptomoedas.
Agora oferece os mesmos sistemas aos clientes. Além de tecnologia de negociação da bolsa americana, a startup também oferece tecnologia para liquidação, custódia dos tokens e cadastro de clientes, conhecido pela sigla em inglês KYC.
Por conta da complexidade, a Átris vinha operando este serviço de maneira fechada apenas para empresas do grupo e agora está oferecendo ao mercado.
A tecnologia foi usada na construção da Digitra.com, nova bolsa de criptomoedas dos sócios, lançada em agosto de 2023 e que hoje atende clientes de mais de 100 países e conta com investimento de 25 milhões de reais do chairman para América Latina do Itaú, Ricardo Villela Marino.
A Digitra.com, que criou o modelo de taxa zero em negociações, quer ser o “Nubank de cripto” e também se diferencia por negociar ativos digitais tanto em reais quanto em dólares, por meio de stablecoins como USDT e USDC.
Em paralelo, o time de 25 pessoas da Átris também criou a estrutura do Mercado de Startups SMU, autorizado a operar pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no âmbito do Sandbox regulatório e que funciona como uma bolsa de startups que já conta com cerca de 7 mil clientes cadastrados.
Os criadores chamam o modelo de negócios da nova empresa de Exchange as a Service. Agora a Átris está trabalhando na criação de novos mercados. “Nosso foco agora é nos mercados de créditos de carbono e também na negociação de tokens de recebíveis”, diz Batista.
Assim como tem a SMU como parceira na negociação de tokens de startups, a empresa procura por parceiros especializados nestes novos mercados.
“Estamos ouvindo a necessidade dos investidores e dos emissores de tokens, mas ambos são mercados com potencial bilionário e global. Como teste, já negociamos os tokens de carbono da Ambipar”, finaliza Rodrigo Batista.
Sobre a Átris
A Átris é uma empresa de tecnologia que oferece as ferramentas para a criação de infraestrutura de empresas de tokens e cripto ativos. A empresa atua na tokenização, negociação, custódia, liquidação e cadastro de clientes e serve tanto empresas de tokens regulados (security tokens), quanto de tokens utilitários (utility tokens).