Há uma semana, no domingo (10), o Banco Central da Nova Zelândia foi alvo de um ataque hacker que deixou graves consequências. As autoridades seguem investigando a falha.
Os bancos centrais são os responsáveis por emitir dinheiro e conduzir as políticas monetárias entre países. Na Nova Zelândia, até a crise provocada pela pandemia já foi controlada, com o país fechando 2020 fora da recessão.
O “Te Pūtea Matua“, como é chamado do Banco Central da Nova Zelândia na linguagem maori, foi um dos responsáveis pela saída da crise. Com grande parte da população confinada no país, que adotou medidas de lockdown, o auxílio emergencial foi pago à vários trabalhadores.
Com eficiência na contenção da crise financeira e saúde, apenas 25 mortes foram registradas no país até hoje, segundo dados do Google.
Contudo, vários dados de parceiros do BC local foram vazados nos últimos dias, causando uma crise institucional.
Ataque hacker ainda é investigado pelo Banco Central da Nova Zelândia
Na última sexta-feira (15), o governador do Banco Central da Nova Zelândia, Adrian Orr, se desculpou pelo incidente. De acordo com Adrian, todas as medidas necessárias para conter a crise causada pelo ataque cibernético estão sendo conduzidas.
O governador garantiu na última sexta que o BC do país continua funcionando. Mesmo assim, ele afirmou que a violação de dados foi grave, sendo investigada pela divisão de segurança cibernética do órgão.
“Orr diz que o sistema financeiro e as instituições da Nova Zelândia permanecem sólidos e o Te Pūtea Matua está aberto para negócios. O sistema autônomo do File Transfer Application que foi violado foi protegido e fechado.”, falou o BC da Nova Zelândia em nota
Orr ainda afirmou que que está decepcionado e arrependido. Apesar de não compartilhar muitas informações sobre a violação, o governador do BC da Nova Zelândia afirmou que será transparente e está usando recursos até da segurança nacional para resolver a situação.
“Fique tranquilo, estamos agindo. Estamos trabalhando em estreita colaboração com as autoridades públicas e utilizando especialistas internacionais para responder. Estamos fazendo isso em toda uma estrutura governamental, utilizando o Sistema de Segurança Nacional”, afirmou Adrian
Ataques hackers cresceram com pandemia
Os ataques cibernéticos cresceram no último ano. De acordo com empresas de segurança, muitos casos envolvem até as criptomoedas, deixando vítimas pelo mundo.
No mês de outubro, por exemplo, foi descoberto que alguns dos maiores sites da internet estavam infectados com um malware que minerava criptomoedas. Não está claro ainda a intenção do ataque hacker cometido contra o Banco Central da Nova Zelândia, mas o caso continua chamando atenção das autoridades.