Bancos da Alemanha querem guardar Bitcoin, Ethereum e Ripple

Custódia de criptomoedas tem que ser aprovada pelo governo!

Uma nova lei na Alemanha tem despertado o interesse dos Bancos por ativos digitais, como o Bitcoin, Ethereum e Ripple. As criptomoedas podem até passar a ser custodiadas em instituições bancárias do país.

Isso porque, com alterações na Lei de Lavagem de Dinheiro, houve um novo cenário regulamentado para lidar com estes ativos. Os clientes, na visão do governo, passaram a ter mais segurança ao investir nessa modalidade de moedas digitais.

De fato, investir em criptomoedas ou mesmo ter uma empresa neste setor é uma atividade que possui pouca moral com instituições bancárias de todos os países. No Brasil, por exemplo, alguns bancos fecham contas de corretoras e clientes sem aviso, ao perceber que estes movimentam criptomoedas.

Com o novo marco regulatório na Alemanha, principal economia da UE, o continente poderia considerar um olhar calmo para o criptomercado. Além disso, empresas podem se beneficiar mais de uma possível relação com os bancos.

Bancos da Alemanha querem guardar Bitcoin de clientes em suas instalações

Certamente os bancos da Alemanha mostram que o Bitcoin poderia ser um dos ativos a figurar em seus cofres. Isso porque, as instituições querem aval do governo alemão para custodiar criptomoedas e ativos digitais, como tokens.

De acordo com o Handelsblatt, portal local da Alemanha, mais que 40 bancos já procuraram o BaFin em busca de regulamentação. O esperado pelas instituições é que a instituição governamental dê o seu aval para que seja possível realizar uma custódia de criptomoedas regulamentada.

Com a nova Lei de Lavagem de Dinheiro, o processo de identificação dos clientes passou a ser mais rigoroso. Ou seja, não há como um banco operar com um cliente sem uma rígida identificação, processo também chamado de KYC.

Sendo totalmente identificado, de acordo com os termos da lei, um cliente poderia até considerar aportar suas criptomoedas dentro dos bancos. Isso porque, com todo seu perfil salvo e histórico de transações devidamente registrado, não haveria empecilhos para que os bancos “liberassem” seus clientes de operar criptomoedas. Por fim, os bancos querem guardar as moedas digitais dentro de suas próprias carteiras, algo interessante do ponto de vista prático.

Chaves privadas não são suas? Bitcoin não é seu

Quando Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin, ele imaginou que as pessoas poderiam ser seus próprios bancos. Ao rodar seu próprio servidor de transações (node), um usuário da rede tem plenas condições de realizar todos os processos de um banco.

Neste ponto, a custódia de um Bitcoin, Ethereum ou até a Ripple poderia ser realizada pelo próprio usuário. Com uso apenas de uma carteira de criptomoedas, uma custódia pode ser facilmente realizada.

Com a intermediação dos Bancos da Alemanha em relação ao Bitcoin, é esperado um forte movimento que combate as criptomoedas. Apesar dos Bancos afirmarem que estão lutando pela proteção do consumidor, o local mais seguro para o Bitcoin é na carteira de seu dono, não de um terceiro.

De acordo com um entusiasta de Bitcoin, Andreas Antonopoulos, o Bitcoin só é seu se você possuir sua chave privada. Também conhecida como private key, é a única maneira de possuir realmente o acesso a uma moeda digital.

De acordo com o Handelsblatt, a nova lei de lavagem de dinheiro entrou em vigor no dia 01/01/2020. Mesmo com 40 instituições bancárias tendo submetido sua vontade de custodiar criptomoedas ao BaFin, a liberação efetiva poderá ocorrer apenas em novembro.

O motivo é que a lei seria nova e está em um período de implementação. Um especialista financeiro falou à reportagem do portal alemão que a quantidade de licenças solicitadas tem sido além do esperado.

O mercado está crescendo mais rápido do que o Ministério Federal das Finanças previu. Isso é uma bênção e uma maldição

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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