BC e CVM estudam regulação do Bitcoin no Brasil, diz presidente do Banco Central

Campos Neto declarou que não é só regulamentar o Bitcoin, mas também dados.

O Banco Central do Brasil (BC) está conversando com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a regulamentação do Bitcoin no Brasil . A revelação foi feita pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta quinta-feira (19).

Campos Neto já havia comentado sobre a regulamentação do Bitcoin, deixando claro que em sua visão as empresas e pessoas envolvidas deverão ter uma regulação em breve.

Vale o destaque que o Congresso Nacional pressiona a autarquia para liberar uma posição sobre o assunto. Nos últimos dias, uma regulamentação que tramita no Senado Federal teve um avanço, indicando que o BCB deverá criar regras ao setor por lei em breve.

Nesta quinta, Campos Neto participou de um evento no Conselho das Américas (AS/COA).

BC e CVM estão ajustando a regulamentação do Bitcoin no Brasil

No início da semana, Roberto Campos Neto já havia feito um encontro com representantes das empresas Binance e Circle, conforme sua agenda oficial. Essa reunião chamou atenção da comunidade Bitcoin no Brasil, que observou o debate como parte do processo de regulamentar o mercado de criptomoedas brasileiro.

Nesta quinta, em participação no evento da AS/COA, Campos Neto falou publicamente sobre a regulamentação do Bitcoin no país, em resposta a uma pergunta do banco JPMorgan, o patrocinador do encontro.

“Alguns bancos centrais estão estudando como inserir as criptomoedas em suas economias e como regulamentar e controlar esse novo e veloz mercado de moedas em crescimento. Como o BCB está lidando com esse desafio e qual a sua visão sobre a possibilidade de regulamentar as criptomoedas no mercado brasileiro?”

Campos Neto destacou que essa é uma pergunta muito importante, mas envolve mais que as criptomoedas. O Banco Central do Brasil está de olho nas stablecoins e como os bancos centrais estão reagindo a essa nova tecnologia de pagamentos.

Ele afirmou ser importante lembrar que essas tecnologias surgiram em um contexto de que as pessoas precisam de um sistema com características que não são inerentes dos sistemas de moedas de bancos centrais.

As pessoas querem transações rápidas, transparentes, abertas, seguras e principalmente, transparência em cada etapa deste processo.

Bitcoin não é moeda, mas sim um investimento

Roberto Campos Neto ainda complementou que não vê as criptomoedas como meios de pagamentos, mas como investimentos. Dessa forma, as pessoas que se envolvem com esse mercado compram as moedas esperando obter ganhos com o tempo, não para realizar compras.

“Quando você olha para as criptomoedas em alguns dos instrumentos você vê que elas podem ser separadas em duas partes: meio de pagamento e produtos de investimentos. Nós vemos mais crescimento no uso como investimento que como meio de realmente fazer pagamentos.”

O presidente do BCB então declarou que o Brasil já tem um bom sistema de pagamentos instantâneo, o PIX, então diminui a necessidade das pessoas utilizarem criptomoedas para essa finalidade.

Assim, em resposta ao JPMorgan, Campos Neto disse que sim, a autarquia brasileira está prestando atenção no setor e conversando com a CVM para regulamentar o Bitcoin no Brasil.

“Para nós, é mais que regulamentar as criptomoedas, stablecoins, é qual será a regulamentação do futuro? O mercado financeiro muda muito e rápido, está tudo se tornando dados. Então estamos tentando entender como remodelar a regulamentação dos dados, as finanças serão dados, então é mais que isso, mas estamos conversando com a CVM sobre esse assunto e entendemos haver uma demanda para isso que estará com a gente por um tempo”.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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