A corretora de criptomoedas Binance tem encarado um processo milionário feito por um ex-prestador de serviço. As queixas deste último dariam a entender que a corretora teria confiscado os fundos armazenados na plataforma.
O processo foi aberto por um morador de Oregon (EUA), Steven Cody Reynolds, que era um community manager da Binance. Steven afirmou na abertura do processo, realizado em 27 de março, que é um trader de criptomoedas experiente.
Steven trabalhou por algum tempo para a Binance, e recebeu em BNB por seu trabalho. Mesmo quando parou de prestar seus serviços, Steven continuou a fazer seus trades junto da Binance. Com isso, muitas de suas criptomoedas estariam presas na plataforma.
Binance enfrenta um processo milionário de um ex-binance angel
Indignado, essa é a expressão que define o sentimento de Steven Cody Reynolds em relação à Binance. O ex-prestador de serviço da gigante corretora de criptomoedas se revoltou por não conseguir sacar suas moedas da Binance.
Como era um funcionário, recebeu muito de seu trabalho em Binance Coin (BNB), token emitido pela corretora. Além disso, mesmo ao parar de prestar serviço para a Binance, Steven Reynolds continuou a usar a plataforma para fazer operações.
Os problemas começaram quando Steven recebeu um comunicado da Binance para excluir os grupos que administrava. Além disso, após problemas no próprio aplicativo do Telegram, a Binance pediu que o trader trocasse o nome do grupo que administrava e retirasse qualquer menção que havia feito à Binance.
A partir deste momento, Reynolds não conseguiu mais acessar sua conta na corretora. Quando conseguiu acesso, em março de 2018, seu saldo na Binance estava zerado.
O homem alega no processo que abriu contra a Binance que havia mais de U$ 285 mil na época, mas hoje quer receber o valor de U$ 337 mil. Com a cotação do dólar hoje, a quantia possivelmente presa na Binance seria superior a R$ 1,5 milhão.
Trader quer indenizações, honorários advocatícios e tudo mais que justiça acreditar ser justo
Em seu processo contra a corretora Binance, Steven Reynolds afirma que deseja um julgamento com júri. Além disso, quer receber indenizações por ter tido seu dinheiro retido pela corretora durante todos esses anos.
O portal de notícias The Block afirmou que Reynolds também está buscando indenizações punitivas, honorários advocatícios e de advogados e “[todo] outro e mais alívio que o Tribunal julgue necessário, justo e adequado”.
Segundo o processo, a Binance Holdings é uma companhia limitada das Ilhas Cayman com sede na República de Malta. O caso vai desenrolar na justiça, com audiências a serem marcadas, mostrando em breve quem está com a razão.
Binance afirma que homem estava ciente do congelamento e mesmo assim disse “Não ligo”
De acordo com o portal de notícias The Block, Steven Reynolds chegou a conversar com CZ, CEO da Binance sobre o assunto. Steven teria encontrado CZ em um evento na Suíça, em julho de 2018, e pedido sua conta de volta. Na ocasião, CZ se recusou a atender o pedido.
A versão da Binance, entretanto, aponta que a versão de Steven Reynolds não é completa e verdadeira. Segundo informações repassadas por um porta-voz da corretora, Steven foi avisado que teria sua conta suspensa na plataforma.
O aviso teria sido emitido após Steven, ao sair de suas funções na Binance, em dezembro de 2017, se negou a repassar a administração dos grupos para a Binance. A corretora temia que seu nome poderia ser utilizado para fraudes ou levar usuários a ter informações não oficiais, uma vez que Reynolds não era mais associado com a Binance.
Em outro ponto, o representante da Binance aponta que uma conversa de CZ com Steven mostra que o homem se negou a devolver os grupos. Com isso, foi avisado, em janeiro de 2018, que teria sua conta bloqueada e se mostrado entendido.
Ao mover o processo contra a gigante corretora, Steven certamente mostra que não compreendeu muito bem a história. Para ler na íntegra o processo movido por Steven Cody Reynolds contra a Binance Holdings, confira abaixo:
Reynolds v. Binance Holding… by MichaelPatrickMcSweeney on Scribd
